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Devocionais

Devocional: Ele tomou nosso lugar

“Cristo… se tornou maldição em nosso lugar.” Gálatas 3:13.

Enquanto estava na cruz, Jesus sentiu a indignidade e a vergonha de um criminoso. Não, Ele não era culpado. Não, Ele não cometeu um pecado. E, não, Ele não mereceu ser condenado. Mas você e eu, nós merecemos, e nós fomos. Nós fomos deixados com nada a oferecer a não ser uma oração…

“Ele trocou de lugar conosco.” Ele vestiu nosso pecado para então podermos vestir Sua retidão.

Apesar de nós irmos até a cruz vestidos em pecado, nós deixamos a cruz vestidos com “zelo como numa capa” (Isaías 59:17), com um cinto de “retidão e fidelidade” (Isaías 11:5) e com “vestes de salvação” (Isaías 61:10).

Sem dúvida, saímos vestidos do próprio Cristo. “De Cristo se revestiram” (Gálatas 3:27).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Devocional: Curvando-se

“E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (Romanos 15:13).

A esperança do céu faz pelo seu mundo o que a luz do sol fez pelo porão da minha avó. Devo meu amor a conservas de pêssegos a ela. Ela enlatava suas próprias conservas e as estocava em um porão subterrâneo perto de sua casa em West Texas. Era uma abertura profunda com degraus de madeira, paredes de madeira compensada e um aroma de mofo. Como um jovem, eu costumava entrar, fechar a porta e ver quanto tempo eu poderia durar no escuro… eu sentaria silenciosamente, ouvindo minha respiração e as batidas do meu coração até não agüentar mais, e então subiria a escada correndo e abriria depressa a porta. A luz entraria como uma avalanche no porão. Que mudança! Momentos antes eu não conseguia ver nada – de repente eu conseguia ver tudo.

Assim como a luz entrou abundantemente no porão, a esperança de Deus entra abundantemente em seu mundo. Na doença, Ele brilha o raio da cura. Ao enlutado, Ele dá a promessa do reencontro. Ao confuso, Ele oferece a luz das Escrituras.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Devocional: Fracassos não são fatais

“Por isso convém atentarmos… para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas.” Hebreus 2:1.

Se você perder sua fé, você provavelmente a perderá gradativamente. Você deixará escorregar alguns dias por não consultar sua bússola. Suas navegações seguirão desamparadas. Seus cabos e correntes irão mal preparados. E o pior de tudo, você esquecerá de ancorar seu barco. E, antes que você perceba, você estará pulando de onda em onda em mares tempestuosos.

E, a menos que você ancore em um lugar profundo, você poderá afundar. Como você ancora em um lugar profundo? Olhe o versículo de novo: “Por isso convém atentarmos… para as coisas que ouvimos…”

Os pontos mais confiáveis para ancorar não são as descobertas recentes, mas são verdades testadas pelo tempo que mantiveram seus solos contra os ventos de mudanças. Verdades como:

Minha vida não é fútil.

Meus fracassos não são fatais.

Minha morte não é o fim.

Fixe sua alma a estas pedras e nenhuma onda será grande o suficiente para afogá-lo.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ester: chamada para orar (5)

O que acontece depois? Capítulo 5 e versículo 1: ”Ao terceiro dia, Ester se vestiu de trajes reais, e se pôs no pátio interior do palácio do rei, defronte da sala do rei.” Por favor, note este ponto muito importante – Ester não é burra. Só porque você ora, isso não lhe dá licença para inatividade. Você não ora por um emprego e nunca envia um currículo. Você não pede direção a Deus e nunca lê Sua palavra. Não peço a Deus para abençoar um sermão e nunca estudo. Já nos foi dito em Ester capítulo 2 que ela era abençoada com um rosto bonito e um corpo bonito. Então ela pega esse corpo bonito e começa a enfeitá-lo de tal maneira que ela conseguirá a atenção do rei. E ela fica em pé do lado de fora da sala do trono.

Agora, eu não vou começar a tentar reproduzir como ela estava lá. Mas deixe sua imaginação fluir só um pouquinho. Ela não é burra. E ela sabe que faz 30 dias desde que o rei viu sua rainha. E aí está ele. Ele está sentado no trono na sala do trono. Dos dois lados dele está um par de guardas troncudos. Atrás dele está um eunuco tagarela. Em frente dele está uma longa lista de coisas que ele tem para fazer naquele dia. E ela pisa adiante com um olhar como se tivesse saído direito da capa da revista Mademoiselle. E ele está sentado lá lendo seu exemplar de Carro e Carruagem. E ele desliza no seu trono e a nota pelo canto do seu olho e apenas diz, “Ester!”.

E aqui está exatamente o que está escrito. “Vendo o rei a rainha Ester, que estava em pé no pátio, ela alcançou favor dele”. Agora, não sou nenhum acadêmico hebreu, mas aqui está como eu gostaria de traduzir este versículo. “Quando o rei viu a rainha Ester em pé no pátio, ele disse, ´Oba, oba, oba!´ E ele estendeu para ela o cetro de ouro que tinha na sua mão. Ester, pois, chegou-se e tocou na ponta do cetro.”

Você vê a cena lá? Você vê a cena da Noiva de Cristo – a Igreja – entrando na presença de Deus e Ele estende Seu cetro e nós o tocamos. E o que o rei disse a Ester, “Qual é a tua petição? Dar-te-ei ainda que seja metade do reino”.

Não temos tempo para enfeitar o resto da história. Mas por favor, lembre-se que a história não acaba aí. Há ainda os dois banquetes. Ela dá uma festa. E ela convida o rei e Hamã para estarem presentes. Ainda há Hamã, que ainda está irritado com Mordecai, porque Mordecai é a única pessoa em toda Susã que não se curvará diante dele. Então Hamã decide construir uma forca e enforcar Mordecai. Bem, ao final do segundo banquete, o rei está tão curioso para saber por que Ester fica sempre o convidando para esses banquetes, então finalmente diz, “Vai. Fala para mim. O que você quer? Eu realmente darei a você até metade do reino”. Então ela olha timidamente para o chão e depois olha para ele e sorri. E ela diz, “Bem, há um favorzinho bem pequenininho que você pode fazer. Veja, há este anti-semita furioso, que veio para o nosso país. E ele está teimosamente determinado a destruir todo o povo judeu, e eu não sei se já comentei com você, amor, mas eu sou judia. E se eles matá-los, então ele me mata, e você não quer isso, quer, amor?”

E ele, agora incentivado pela testosterona, fica em pé e diz, “Diga-me quem é este homem.” Bem, a essa hora, Hamã está agachando-se e olhando, e ele está tentando achar uma saída. E Ester se vira e aponta o dedo direto para ele. E o rei está tão furioso que precisa sair e encontrar um pouco de Prozac. E, quando ele volta, Hamã está prostrado diante de Ester suplicando por misericórdia. Mas o rei acha que Hamã está tentando violar sua esposa. Hamã não tem nem tempo de dar uma explicação antes de ser levado à mesma forca que construiu para enforcar Mordecai.

Mordecai ganha o trabalho de Hamã. Ester ganha uma boa noite de sono. O povo de jejum e oração de Susã sai e tem uma grande refeição. E até hoje, eles celebram todos os anos. E nós ganhamos uma boa lição. E ela é nunca, nunca, nunca subestimar o poder de uma oração sincera.

E quando você entra na presença de Deus, Ele estende aquele cetro, porque você é Sua noiva, porque você é Seu filho. E Ele diz, “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á”. E então você pede pela maior petição que qualquer cristão já pediu. Você pula todas essas coisas sobre aumentos de salário e Cadillacs e casas novas, e vai direto ao ponto e diz,”Venha, reino. Venha. Faça com que Sua presença seja percebida em minha casa, em meu coração, em minha igreja, em meu trabalho. Venha, reino. Não deixe que meus filhos cresçam sem perceber Seu reino. Não deixe que meu dia de trabalho passe sem perceber Seu reino. Venha, Reino.”

E, em todo tempo em que você está orando, Satanás, que era Hamã, está começando a fugir para a saída. E ele começa a sentir seu colarinho ficar apertado. E ele pode sentir aquele laço que está começando a apertar em volta de seu pescoço. Porque é isso o que acontece quando o povo de Deus ora.

Fim da série

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ester: chamada para orar (4)

Nesta história, onde Xerxes representa Deus e Hamã representa Satanás, adivinhe quem o representa – Ester. Ester representa você. Você e Ester têm muito em comum. Veja, Ester era uma órfã abandonada. Nós não sabemos por que seus pais a deixaram, mas ela era uma órfã abandonada. Nós, também. Não temos nome. Não temos futuro. Mas alguém veio amavelmente e nos adotou. Nosso Rei nos adotou. Neste caso, Mordecai, seu primo, a criou. Ele era mais do que apenas um pai. Ele também era um conselheiro para ela. E quando foi necessária uma rainha para servir na Pérsia – estamos encurtando muito uma longa história aqui por nem mencionar por que foi necessária uma nova rainha – é suficiente dizer que ela entrou no concurso de Miss Pérsia e ganhou. E o rei teve uma nova rainha. Mordecai, então, chega como seu conselheiro. Mordecai no livro de Ester representa o papel do Espírito Santo, porque você, também, tem o Espírito Santo que chega como seu conselheiro, que o orienta, que o aconselha. E ele sabiamente disse a Ester para não revelar que ela era judia. E então ela assume o trono como rainha e ninguém sabe que ela é judia. Ele também foi quem disse a ela para ir ao rei Xerxes e pedir misericórdia por causa do que Hamã estava para fazer.

Agora, ela estava resistente em fazer isso, o que pode deixá-lo curioso. Deixa a mim. Acho que a primeira coisa que eu faria seria pedir ajuda. Então ela explica a Mordecai por que ela não quer ir e falar com o rei Xerxes. Em Ester capítulo 4 e versículo 11 ela diz, “Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que, para todo homem ou mulher que entrar à presença do rei no pátio interior sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, a menos que o rei estenda para ele o cetro de ouro, para que viva; mas eu já há trinta dias não sou chamada para entrar a ter com o rei.”

Bem, por mais peculiar e remoto que isso possa soar para nós, essa era a prática do reino, que ninguém, nem mesmo a rainha, poderia entrar na sala do trono a não ser que ela ou ele fosse primeiramente convidado. E se eles entrassem e o rei não estendesse seu cetro, que é seu ato simbólico de recebê-los, eles perderiam suas cabeças. E Ester meio que gosta de sua cabeça. E ela não está pronta para correr esse risco. Então Mordecai vai até ela e oferece sua palavra de encorajamento, assim como o Espírito Santo vai até você e oferece suas palavras de encorajamento. Ele diz, “Não imagines que, por estares no palácio do rei, terás mais sorte para escapar do que todos os outros judeus. Pois, se de todo te calares agora, de outra parte se levantarão socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?”

Note, por favor, que Mordecai tem certeza de que o povo judeu terá livramento. Ele não está preocupado a respeito da salvação do povo judeu. Ele sabe que alguém irá aparecer e salvá-los, porque eles são a linhagem através da qual Jesus nascerá. Ele fala com sabedoria como o Espírito Santo fala conosco. O que está em questão aqui não é a sobrevivência do povo. O que está em questão aqui é o papel de Ester na história de Deus. O que está em questão na sua vida não é se algum dia haverá céu e se algum dia haverá inferno, se Deus mais cedo ou mais tarde reinará supremo. Isso acontecerá. O que está em questão é se o Max Lucado estará ao Seu lado ou não.

Dizem a Ester que, a menos que você se envolva, sua família sofrerá. Bem, eu não sou muito esperto, mas posso fazer essa tradução. A menos que eu me alinhe com o meu Rei, minha família sofrerá. Sua família sofrerá. As pessoas a sua volta sofrerão. Ao contrário, sua família será abençoada. Sua família será conservada. Sua santidade – seu senso de santidade e constante intercessão por sua família serão honrados, se você realmente se alinhar com o Rei.

Agora, temos que ir rápido aqui. Aqui está o que Ester responde no capítulo 4 e versículo 16. Ela diz, ”Vai, ajunta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei; e se eu perecer, pereci.”

Agora, se você já leu a história de Ester, o que você quer fazer agora é ir rápido para aquela conversa que ela teve com o rei Xerxes. Mas espere só um segundo. Eu quero dar uma palavra de um parágrafo aqui que é muito importante. Você acabou de ler sobre os heróis do livro de Ester. Mordecai é digno do nosso aplauso. Ester é digna de nossa admiração. Mas os verdadeiros heróis são esses cidadões anônimos, que passaram três dias em jejum e oração. E se o rei Xerxes receberá a rainha Ester, será apenas porque esse povo foi primeiro ao seu Rei e ficou em Sua presença. Muito é dito a respeito do fato de o livro de Ester ser o único livro da Bíblia onde o nome de Deus nunca é mencionado. Sua marca é encontrada em todas as páginas, mas Seu nome nunca aparece. Acho igualmente curioso o fato de que nenhuma religião é mencionada. Sem templo. Sem sacerdote. Sem igreja. Apenas simples pessoas – sapateiros e cozinheiros e ladrões e seus povos regulares que vivem em uma vizinhança que sabe que o mundo inteiro está caindo a menos que orem. Então eles, em um ato de coragem desesperada, dizem, “Nós iremos orar.” Estes são os heróis da história. E meu pressentimento é que, quando todos nós chegarmos em casa, encontraremos os verdadeiros heróis de nossa história.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ester: chamada para orar (3)

E veja isto – e fique aí, fique aí – assim como o Roger passa muito tempo orando na prisão – você fica aí. Assim como a Diane fica lá na presença de Deus. Você fica aí e realmente nunca precisa sair da presença de Deus. Você pensou que conseguiu aquele trabalho novo porque você merecia uma promoção. Estou dizendo a você, você conseguiu aquele trabalho novo porque Deus quer que você fique aí e ore por essas pessoas. Você pensou que foi morar naquele bairro porque era a melhor casa que você poderia encontrar. Estou dizendo a você que você é um missionário designado para aquele bairro para orar por essas pessoas. Você pensou que aquela classe do quarto ano foi dada a você para ensinar só porque o outro professor ficou doente e você teve que ser o substituto. Errado! Você foi enviado para aquela classe porque aquelas 26 crianças precisavam de alguém para orar por elas. Você pensou que está nessa nação porque você por acaso seguiu uma certa linhagem de uma certa geração. Errado! Deus o designou e Ele me designou para sermos guerreiros de oração por esta nação, para interceder.

E digo ainda, igreja, que um dia que passa que você não convida o reino de Deus para entrar em seu mundo, é um dia desperdiçado. É o seu maior chamado. É a sua tarefa mais nobre, quando você é chamado, quando você fica na presença de Deus, Ele estende o cetro e o convida para alcançá-lo e tocá-lo. E, tocando esse cetro, Ele está dizendo a você, “O que é que você quer? Vou ouvi-lo”. Deixe-nos então entrar confiadamente na presença de Deus – confiadamente, jovens – confiadamente, mães – confiadamente, pais – confiadamente, santos mais antigos – confiadamente. Que Deus levante nessa igreja pessoas que vivam na presença de Deus. Que Ele nos torne em um monte de pessoas de oração. Você sabe? Nós não sabemos realmente para onde estamos sendo dirigidos. Não temos certeza de como chegaremos lá, mas ficaremos na presença de Deus e estamos orando – por favor, ouça isto – para que San Antonio seja um lugar onde o reino de Deus seja sentido.

Minha oração ultimamente tem sido, ”Deus, se o Senhor está buscando uma igreja para renascimento, nós nos voluntariamos. Deixe que este seja o lugar. Deixe que este seja o lugar onde o Senhor faça isso tudo de novo. Deixe que Sua presença seja sentida. Deixe que ela seja conhecida”. É quase como conectar dois fios quentes e permitir que a presença de Deus vá daqui para lá e você recebe esse choque que vai bem no meio deles. Nós somos os intercessores. Isso é o que Jesus está fazendo agora. Sinto muito por não ter pensado o suficiente antes de trazer estas frases e colocá-las na tela. Nós temos estudado isso antes. Sabemos que Jesus está intercedendo por você agora. Ele passou três anos pregando. Ele tem passado os 2000 últimos anos orando. Vê o quanto a oração é importante no reino de Deus? Essa é a razão de você estar designado para sua família. Essa é a razão de você estar designado para esse local de trabalho. Essa é a razão de você estar aí – para ser um sentido constante da presença de Deus nesse local de trabalho. E dizer silenciosamente durante todo o dia, “Venha o Vosso reino. Venha aqui”. Aquela secretária que está amuada, “Venha”. Aquele patrão que é irritante, “Venha”. E você permeará esse lugar com a presença de Deus. É isso que você é chamado para ser. É isso que você é chamado para fazer.

Bem, Deus tem nos dado esta promessa em 1 João, capítulo 5 e versículo 14: “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. O que Deus está fazendo é oferecer-nos o privilégio de ser uma parte de Sua estratégia. Quando chegamos diante Dele e dizemos, “Não sei como o Senhor fará isso, mas, por favor, o faça. Seus caminhos não são meus caminhos, mas não irei reclamar do seu ritmo, apesar de preferir ter isso realmente logo. Mas eu quero o Seu querer nessa questão”. E podemos ter certeza de que, depois que fazemos essa oração, o mundo é diferente daquele de antes de orarmos. Você concorda? Depois que você ora, o mundo é diferente daquele de antes de você colocá-lo em oração. Se não, para que orar? Se não for mudar o mundo, não precisamos fazê-lo.

Mas, pelo visto, Jesus sabia que ela mudaria o mundo, porque Ele era Aquele que levantaria cedo de manhã. Ele era Aquele que passaria a noite toda em oração. Ele era Aquele que foi ao Jardim do Getsêmani e recrutou três parceiros de oração que dormiram enquanto Ele estava orando. Ele era Aquele que nos recomendou a sempre orar em Lucas, capítulo 18, versículo 1, e nunca perder a esperança.

O seu ritmo pode ser diferente. Sua abordagem pode ser diferente, mas você pode apostar que, quando você entra em Sua presença, Ele estende o cetro como fez com Ester, o que nos leva de volta à história de Ester.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ester: chamada para orar (2)

O rei na história do livro de Ester é um homem chamado Xerxes. Até onde eu sei, ele é o único homem na Bíblia cujo nome começa com X. Ele tem outro nome, que é Assuero, que é notavelmente quase o que acontece quando você está com um resfriado. Você não tem que se preocupar com esse nome. Xerxes é aquele que usaremos hoje. O rei Xerxes governou a Pérsia antiga como um rei soberano absoluto. Tudo que ele tinha que fazer era levantar sua sobrancelha e o destino seria alterado em qualquer uma das 127 províncias que estavam sob seu controle. Elas iam desde a Etiópia, passavam pelo que hoje é chamada Turquia e chegavam até a Índia. E ele governou com uma lei de um rei Persa.

Nesse sentido, ele é uma figura do nosso Rei – o Rei dos Reis, o Deus Todo-Poderoso. E na história de Ester, ele nos lembra daquele com soberania absoluta. Embora você possa pensar que é você quem determina seu futuro, Deus já determinou seu futuro, e o seu papel é responder ou não àquilo que Ele o chamou para ser. Ele é Aquele que cavou o canal do rio da história e a sua escolha é se você quer ou não ser obediente.

O rei Xerxes tem um homem que é seu braço-direito. Ele é chamado Hamã, o qual, de novo, tem uma conotação curiosa. Soa muito como carrasco. E se você sabe o final da história, você sabe por que isso é curioso. Hamã é o braço-direito do rei Xerxes, e você lê cada palavra sobre Hamã e não acha uma minúscula partícula boa no corpo do rapaz. Ele era mau de cima a baixo, dentro e fora. E ele tinha apenas um desejo, e era que todos na Pérsia – realmente ao redor do mundo – se curvassem diante dele. Seu objetivo na vida era ter a sua adoração e a minha adoração. Ele quer que todos se curvem diante dele.

E, em alguma hora, ele ficou um pouco irritado com esta minoria atípica que vive nas grandes terras da Pérsia, chamada de povo judeu. E decidiu que o mundo seria melhor sem os judeus. Então ele convenceu o rei Xerxes de que esse povo deveria ser aniquilado. Ele pede um holocausto mundial. E certo dia, o rei Xerxes diz: “Tudo bem, faremos isso nesse dia.” Hamã até financia o projeto. Então tudo está pronto para que o povo judeu seja aniquilado.

Agora Hamã, nessa história, representa Satanás. Porque assim como Hamã não tem bons desejos em seu sistema, também Satanás não tem nada de bom. Você precisa entender, e freqüentemente é bom lembrarmo-nos, que Satanás o odeia. Ele o odeia porque você é feito à imagem de Deus. E ele odeia qualquer um que o recorde de Deus. Conseqüentemente, ele tem um objetivo, que é destruir o povo prometido – destruir os filhos de Deus. Ele tem o propósito definido de interromper o plano de Deus. O que quer que isso signifique, ele irá fazer. Neste caso, significava exterminar a linhagem judaica. E exterminar a linhagem judaica significava que não haveria Jesus. E o objetivo principal de Satanás é manter-nos fora da presença de Jesus. Porque quando nos curvamos diante de Cristo, não nos curvamos diante de Satanás. E, se ele pode destruir os judeus, então isso irá interromper o plano. E desde que ele mentiu para Eva no jardim, isso é o que ele tem feito. Ele quer interromper o plano. Ele quer manter a presença de Deus fora de sua vida. E se isso significa um holocausto na Pérsia, se isso significa um infanticídio em Belém, se isso significa uma crucificação no Calvário, ou se isso significa uma tentação em uma sexta-feira à noite, ele fará – o que quer que precise. Você vive em sua mira, sempre sendo analisado, procurado, e ele está perseguindo-o. Isso é muito importante.

Paulo diria que nossa luta não é contra carne e sangue. Mas nossa luta é contra as forças espirituais desta escuridão presente. Então aí é onde nossa luta está sendo travada. E ele é exatamente quem Hamã representa. Satanás está a ponto de fazer o que não é bom. A Bíblia diz que ele veio para enganar, matar e destruir. A Bíblia também diz que ele está cheio de raiva porque sabe que não tem muito tempo. Então ele está ocupado no trabalho de traçar e ser astuto, querendo roubar e tomar o que não é seu. Isso é a razão, a propósito, de ele estar muito triste por você estar lendo isso. Ele realmente está. Você meio que deu um chute na canela dele por estar aqui. Porque estamos em um ponto da oração do Senhor em que ele realmente gostaria que não tivéssemos chegado. Isso é, incomoda-o que falamos sobre nosso Pai, que está no céu, santificado seja Vosso nome. Mas quando começamos a orar, “Venha o vosso reino,” ele percebe que estamos, nesse ponto, fazendo e cumprindo o dever cristão mais elevado que existe. Veja, orar, “Venha o vosso reino,” é dizer isto: “Deus, deixe que Sua presença seja sentida em minha vida. Quero Seu reino à minha volta. E eu percebo que em um reino há um rei e um trono. E eu voluntariamente estou descendo desse trono. E Satanás não ocupa esse trono. O Senhor ocupa esse trono. Agora que o Senhor seja Rei. O Senhor seja Soberano. Tome o controle completo. Guie-me. Conduza-me.”

Quando você ora, “Venha o vosso reino,” você está dizendo, “Deus, venha. Venha para esta parte da minha vida que está quebrada. Venha para esta parte da minha casa que está má. Venha para essa relação onde há incesto. Vá lá onde há adultério. Lide com esse problema de pornografia. Onde há vício em droga, seja Senhor. Onde quer que haja desafio. Onde quer que haja algo mau, preciso que o Senhor venha.” E nós nos rendemos e dizemos, “Não posso mais fazer isso. Tenho uma relação que não consigo entender. Tenho filhos que não consigo compreender. Tenho pais que não me escutam. Por favor. Por favor, Deus. Venha, reino!”

A frase está no imperativo no grego, o que significa que merece um ponto de exclamação no final. E você pode literalmente orar assim: “Venha, reino! Venha!” Você está causando uma tormenta nos portões do céu. E você está dizendo, “Deus, preciso que o Senhor venha, e preciso que o Senhor venha agora!” E você diz, “Bem, Max, quem sou eu para orar assim? Quem sou eu para fazer um pedido tão audaz a Deus? Deixe-me contar quem você é. Você é Seu filho. Você é Sua criança. Você é Sua criatura. E Ele só espera que você venha e diga, “Venha!” Peça e você receberá. Procure e você achará. Bata e a porta será aberta para você. Ele não disse, “Peça e talvez Eu o ajude em um dia bom.” Ele disse, “Peça e você receberá. Procure e você achará.” O passo mais seguro e confiável que você pode dar, é o passo da oração. Por isso, quando você entrar na presença de Deus, não venha choramingando, não venha desalmado, não venha sonolento, não ofereça essas orações de insônia. Venha a Ele e venha confiadamente à presença de Deus. Isso é o que o escritor de Hebreus disse. “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono de Deus”.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Ester: chamada para orar (1)

Eu gostaria de poder apresentá-lo a uma amiga minha chamada Diane. A Diane tem olhos muito sinceros. Um comportamento muito doce. Mas não deixe a suavidade de sua aparência enganá-lo. Porque lá dentro, Diane é uma guerreira. Ela é uma guerreira de oração. E ela leva sua batalha e suas armas muito a sério. Bem antes de você e eu acordarmos em um dia normal, ela já está na batalha. Bem antes de você e eu mexermos nosso café, ela já está mexendo com o coração de Deus.

Ela mora em um pequeno apartamento na Costa Oeste e mantém um painel de lembretes na parede. E nesse painel de lembretes há nomes de pessoas pelas quais ela prometeu orar – fotos em cima das quais ela ora. Pessoas doentes. Pessoas desanimadas. Pessoas céticas sobre sua fé. E porque ela ora, certo dia, uma estrada que parecia acidentada para um missionário no dia anterior, pode parecer tranqüila. Porque ela ora, um viciado pode sentir a tentação passar logo. Uma mãe triste por perder seu filho pode ter sua dor tornada mais doce. Eles não saberão por que aquele dia foi melhor, mas Diane saberá e Deus saberá.

Gostaria que você pudesse conhecer Diane, mas as chances disso não são muito grandes, porque o corpo de Diane está tão inválido pela esclerose múltipla que ela raramente sai de seu apartamento. Ela tem que ser levantada de sua cama por alguém e colocada em uma cadeira de rodas. Ela não consegue abotoar um botão. Ela não consegue alimentar-se. E pela perspectiva terrena, sua vida é muito insignificante. Mas pela perspectiva celeste, ela exerce mais poder que a Casa Branca, porque ela ora. E ela nos lembra deste princípio, que é, uma pessoa pequena torna-se um gigante quando está ajoelhada diante de Deus. Gostaria que você pudesse conhecer Diane.

Também gostaria que eu pudesse apresentar-lhe o Roger. O Roger, como a Diane, é um guerreiro de oração. Ele leva suas orações muito a sério. Mas o Roger não ora por pessoas que nunca vê. Ele ora por pessoas que ele vê, e ora todos os dias por pessoas que ele vê todos os dias. Em seu lugar na oficina onde trabalha, ele trabalha perto de outros rostos, sempre orando e, enquanto suas mãos estão ocupadas, sua mente está intercedendo por aquelas pessoas.

Até mesmo na cantina, além de só comer, ele ora enquanto come. Ele literalmente vai de rosto em rosto na cantina e ora. E à noite, quando todo mundo está na cama, ele silenciosamente escorrega para fora de seu beliche, ajoelha-se ao lado da cama de lona no chão duro de concreto e ora.

Gostaria que você pudesse conhecer o Roger. Ele diria que preferiria estar em qualquer lugar ao invés de estar nesta prisão de segurança máxima. Ele não tem orgulho do que fez. Mas ele também diria que se ir para a prisão fosse o necessário para conhecer seu Salvador, ele iria para a prisão novamente. E ele sente como se não fosse uma pessoa no corredor da morte, mas um missionário na prisão. Esse é seu trabalho. Seus pés podem nunca mais encontrar o chão livre de novo, mas ele ainda ora. E ele nos lembra que uma pessoa pequena torna-se um gigante quando está ajoelhada diante de Deus.

Gostaria que você pudesse conhecer a Diane ou o Roger, mas há uma terceira pessoa que eu realmente gostaria que você conhecesse. O nome dela é um pouco diferente. Você provavelmente nunca tenha ouvido esse nome: Hadassa. Seria muito difícil para você conhecer Hadassa. Você teria que viajar cruzando o oceano. Você teria que aprender outro idioma. Você teria que entrar em um mundo de tronos e cetros e palácios de reis e rainhas. Mas, apesar de seu mundo estar um atlas longe do seu e dos mundos do Roger e da Diane, o mundo dela é idêntico ao deles por ela ter aprendido o poder da oração. Ela aprendeu o que acontece quando uma pessoa honesta com necessidades reais fica diante do rei e faz um pedido.

Diferente de Roger e Diane, nós não temos que especular sobre a resposta às orações de Hadassa. A resposta à sua oração está registrada. Tanto então, que há uma nação na Terra que celebra sua oração até hoje todos os anos. Eles têm uma festa comemorando as orações de Hadassa. Porque ela orou, as pessoas que foram sentenciadas à aniquilação em 127 países diferentes viveram para ver o outro dia.

Você não gostaria de conhecer Hadassa? Eu gostaria. Seria muito difícil, uma vez que ela viveu cinco séculos antes de Cristo. Então, até estarmos no céu, acho que teremos que contentar-nos em ler sua história. Ela está na Bíblia. Está no livro do Velho Testamento que tem seu nome, que possui seu outro nome: Ester. Hollywood nunca se compararia com a história de Ester. Quantos de vocês já ouviram a história? Então vocês conhecem o drama e vocês conhecem a paixão. E você sabe sobre Hamã, o criminoso malvado que queria exterminar o povo judeu. Você sabe sobre Mordecai, o primo corajoso de Ester, que se recusou a curvar-se em sua presença. Você ouviu a frase de Mordecai quando ele disse, “ Quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?”. E você sabe a resposta de Ester Se eu perecer, pereci. Está repleto de declarações. Está repleto de momentos.

Mas o que eu quero que você veja hoje é que o livro de Ester é mais do que apenas um fato histórico. É um evento histórico, verdadeiro e, novamente, comemorado pelo povo judeu todos os anos na Festa do Purim. Mas é muito mais do que isso. É uma analogia espiritual. É uma figura – uma dramatização do que acontece quando você ora. E todos os personagens principais do livro de Ester são encontrados em sua vida. Deixe-me falar o que quero dizer.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (2)

Leia antes: Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (1)

Quando minha filha mais velha tinha por volta de seis anos, ela e eu estávamos discutindo sobre meu trabalho. Parece que ela não estava muito feliz com a profissão que escolhi. Ela queria que eu deixasse o ministério. “Eu gosto de você como pastor”, ela explicou. “Eu só queria realmente que você vendesse raspadinhas.”

Um pedido honesto de um coração puro. Fazia sentido para ela que as pessoas mais felizes no mundo fossem os homens que dirigissem caminhões de raspadinhas. Você toca música. Você vende doces. Você faz as crianças felizes. O que mais você quer? (Pense sobre isso. Ela talvez tenha razão. Eu poderia fazer um empréstimo, comprar um caminhão, e… Não, eu comeria demais).

Eu ouvi o pedido dela, mas não fiz caso dele. Por quê? Porque eu sabia mais. Eu sei pra que sou chamado para fazer e preciso fazer. O fato é que eu sei mais sobre a vida do que ela sabe.

E o ponto é Deus sabe mais sobre a vida do que nós sabemos.

O povo queria que Ele redimisse Israel, mas Ele sabia mais. Ele preferiu que Seu povo fosse temporariamente oprimido a eternamente perdido. Quando foi forçado e escolher entre lutar contra Pilatos ou contra Satanás, Ele escolheu a batalha que nós não podíamos ganhar. Ele disse não para o que nós queríamos e sim para o que nós precisávamos. Ele disse não para um Israel livre e sim para uma humanidade livre.

E mais uma vez, não estamos alegres com o que Ele fez? E não estamos alegres com o que Ele faz? Agora seja honesto. Estamos alegres por Ele dizer não para o que queremos e sim para o que precisamos? Nem sempre. Se pedirmos um novo casamento, e Ele disser para honrarmos o atual, não ficamos felizes. Se pedirmos cura, e Ele disser para aprendermos através da dor, não ficamos felizes. Se pedirmos dinheiro, e Ele disser para darmos valor para o invisível, nem sempre ficamos felizes.

Quando Deus não faz o que queremos, não é fácil. Nunca foi. Nunca será. Mas a fé é a convicção de que Deus sabe mais do que nós sobre esta vida e Ele nos conduzirá através dela.

Lembre-se, o desapontamento é curado por expectativas restauradas.

Eu gosto da história sobre o rapaz que foi à loja de animais de estimação procurando por um periquito que cantasse. Parece que ele era solteiro e sua casa era muito quieta. O dono da loja tinha o pássaro certo para ele, então o homem o comprou.

No dia seguinte o solteiro voltou para uma casa cheia de música. Ele foi à gaiola para alimentar o pássaro e percebeu pela primeira vez que o periquito tinha apenas uma perna.

Ele se sentiu enganado por terem vendido um pássaro que só tinha uma perna, então ele ligou e reclamou.

“O que você quer,” o dono da loja replicou, “um pássaro que pode cantar ou um pássaro que pode dançar?”

Boa pergunta para tempos de desapontamento. O que nós queremos? Foi o que Jesus perguntou aos discípulos. O que vocês querem? Vocês querem liberdade temporária – ou liberdade eterna? Jesus tinha a missão de reestruturar suas expectativas.

Você sabe o que Ele fez? Ele contou a história a eles. Não apenas qualquer história. Ele lhes contou a história de Deus e do plano de Deus para as pessoas. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras (Lucas 24:27).

Fascinante. A cura de Jesus para o coração partido é a história de Deus. Ele começou com Moisés e terminou com Ele mesmo. Por que ele fez isso? Por que Ele recontou o conto antigo? Por que Ele voltou dois mil anos para a história de Moisés? Acho que sei o motivo. Eu sei por que o que eles ouviram é o que todos nós precisamos ouvir quando estamos desapontados.

Nós precisamos ouvir que Deus ainda está no controle. Nós precisamos ouvir que não está acabado até Ele dizer isso. Nós precisamos ouvir que as tragédias e os contratempos da vida não são motivos para teimarmos.

Corrie Ten Boom costumava dizer, “Quando o trem atravessa um túnel escuro e o mundo fica escuro, você pula para fora? Claro que não. Você senta e confia que o maquinista o atravesse.”

Por que Jesus contou a história? Para sabermos que o maquinista ainda controla o trem.

A maneira de lidar com o desânimo? A cura para o desapontamento? Volte à história. Leia-a de novo e de novo. Lembre-se que você não é a primeira pessoa a chorar. E você não é a primeira pessoa a ser ajudada.

Leia a história e lembre-se, a história deles é a sua história!

O desafio é muito grande? Leia a história. É você atravessando o Mar Vermelho com Moisés.

Muitas preocupações? Leia a história. É você recebendo comida do céu com os israelitas.

Suas feridas são muito profundas? Leia a história. É você, José, perdoando seus irmãos por traí-lo.

Seus inimigos são muito poderosos? Leia a história. É você marchando com Josafá para uma batalha que já está ganha.

Seus desapontamentos são muito pesados? Leia a história dos discípulos a caminho de Emaús. O Salvador que eles pensavam que estivesse morto agora andava ao lado deles. Ele entrou em sua casa e sentou-se à sua mesa. E algo aconteceu em seus corações. Porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (vs. 32).

Da próxima vez que você estiver desapontado, não entre em pânico. Não abandone a situação. Não desista. Apenas seja paciente. Volte à Palavra e deixe Deus lembrá-lo que Ele ainda está no controle.

Leia a história!

Para mais estudos

Para mais estudos, eu sugiro que você leia:

How to Read the Bible for All Its Worth, por Gordon D. Fee e Douglas Stuart, (Zondervan Publishers, 1982).

Protestant Biblical Interpretation, por Bernard Ramm, (Baker Book House, 1970).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (1)

Leia a história.

Quando a vida fechar-se, leia a história. Quando alguém em quem você confia retribui com desonestidade.

Quando as marcas de ontem bloqueiam os vôos de hoje.

Quando você tiver sido chutado do topo da montanha e escalar de novo parecer inútil.

Você é colocado frente a frente com uma decisão. O que você faz com sua desilusão? O que você faz com seu coração partido? Nós não estamos falando sobre inconveniências ou irritações. Nós não estamos discutindo sobre filas compridas ou faróis vermelhos ou um jogo ruim de tênis. Estamos falando sobre coração partido. O que você faz com esse coração partido?

Leia a história. Isso é o que Jesus fez quando Ele encontrou dois seguidores desiludidos na estrada de Jerusalém para Emaús, alguns dias depois de Sua morte.

O mundo deles tinha desmoronado, assim como o seu. É óbvio pelo jeito que eles andam. Os pés deles estão arrastados, as cabeças deles estão caídas, os ombros deles estão encurvados. As sete milhas de Jerusalém para Emaús devem parecer setenta.

Enquanto eles andam, eles conversam sobre “todas as coisas sucedidas” (Lucas 24:14). Não é difícil imaginar suas palavras.

“Por que as pessoas se voltaram contra Ele?”

“Ele poderia ter descido da cruz. Por que Ele não desceu?”

“Ele deixou Pilatos intimidá-lo.”

“O que a gente faz agora?”

Enquanto eles andam, aparece um estranho atrás deles. É Jesus, mas eles não O reconhecem. O desapontamento fará isso com você. Ele irá cegá-lo para a presença extraordinária de Deus. O desânimo vira seus olhos para dentro. Deus poderia estar andando ao nosso lado, mas a angústia encobre nossa visão.

A angústia faz algo mais. Não só encobre nossa visão, ela endurece nossos corações. Ficamos cínicos. Ficamos irritados. E quando chega a boa notícia, não queremos aceitá-la pelo medo de ficarmos desapontados novamente. Isso é o que aconteceu com aquelas duas pessoas.

Mais tarde eles dizem estas palavras:

É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas a ele, não o viram.

Quando lemos as Escrituras, nem sempre podemos dizer em que tom as palavras foram ditas. Às vezes não sabemos se a pessoa que fala está jubiloso ou triste ou tranqüilo. Desta vez, entretanto, não há dúvida sobre o que eles estão pensando: Se não fosse ruim o suficiente Jesus ter sido morto, agora algum ladrão de sepultura pegou o corpo e enganou alguns dos nossos amigos.

Estes dois seguidores não estão a ponto de acreditar nas mulheres. Enganar-me uma vez, é vergonha para você. Enganar-me duas vezes, é vergonha para mim. Cléopas e seu amigo estão colocando seus corações em uma concha. Eles não enfrentarão outro risco. Eles não serão machucados novamente.

Reação comum – não é? Ser machucado por amor? Então não ame. Teve uma promessa quebrada? Então não confie. Teve seu coração partido? Então não o entregue. Faça como o P. T. Barnum. Decida o placar culpando o mundo e endurecendo seu coração.

Há uma linha, uma linha tênue, a qual uma vez cruzada pode ser fatal. É a linha entre o desapontamento e a raiva. Entre mágoa e ódio, entre amargura e culpa. Se você está aproximando-se dela, deixe-me avisá-lo, não a cruze. Dê um passo para trás e faça esta pergunta: Por quanto tempo darei atenção à minha mágoa?

Em algum ponto você deve seguir adiante. Em algum ponto você deve curar. Em algum ponto você deve deixar Jesus fazer por você o que Ele fez por aqueles homens.

Sabe o que Ele fez? Primeiro, Ele foi até eles. Sei que já mencionamos isso, mas vale a pena repetir. Ele não sentou e cruzou Seus braços e disse, “Por que esses dois não conseguem seguir com o programa?” Ele não reclamou para o anjo e disse, “Por que eles não crêem no túmulo vazio? Por que eles são tão difíceis de agradar?”

O que Ele fez? Ele os encontrou em seus pontos de dor. Apesar da morte ter sido destruída e o pecado anulado, Ele não se aposentou. O Senhor ressurreto mais uma vez embrulhou-Se em carne humana, colocou roupas humanas, e descobriu corações partidos.

Leia cuidadosamente suas palavras e veja se você consegue descobrir a mágoa deles: “Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir a Israel (Lucas 24:19-21).

Aí está. “Ora, nós esperávamos…” Os discípulos esperavam que Jesus libertasse Israel. Eles esperavam que Ele chutasse os romanos para fora. Eles esperavam que Pilatos estivesse fora e Jesus estivesse dentro. Mas Pilatos ainda estava dentro, e Jesus estava morto.

Expectativas não realizadas. Deus não fez o que eles queriam que Ele fizesse.

Eles sabiam o que eles esperavam de Jesus. Eles sabiam o que era esperado que Ele fizesse. Eles não tinham que perguntar a Ele. Se Jesus é o Messias, Ele não dormirá na minha tempestade. Ele não desafiará a tradição. Ele fará o que é esperado que Ele faça.

Mas não foi o que ele fez. E nós não estamos alegres? Não estamos alegres por não ter sido respondida a oração de Cléopas e de seu amigo? Não estamos alegres por Deus não ter ajustado Seus planos para realizar os pedidos daqueles dois discípulos?

Eles eram bons discípulos. Com corações bons. E corações sinceros. Eles só tinham as expectativas erradas.

Continua »

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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