Pesos antigos, angústias modernas

“Não é bom que o homem esteja só. Farei para ele alguém que lhe auxilie e lhe corresponda” Gn. 2.18.

Pensando na dicotomia homem/mulher e seus amplos reflexos, resolvi organizar alguns dados da memória, algumas coisas que meus insignes conhecimentos me permitem lembrar e algumas informações que recebi via TV, jornais, revistas e internet, além de algumas ponderações pessoais (por óbvio), e orientações bíblicas que podem nos orientar em tempos de tão conturbadas relações.

Não se pode negar a ascensão que o sexo feminino tem conquistado ao longo dos anos. São posições social, eclesiástica, governamental, administrativa, etc. O lugar que vem sendo conquistado pela mulher a tem colocado em situação bem próxima da paridade com o homem. Chegaremos a comentar sobre a tão (mal) falada independência.

Pensei nisso tudo. Relacionei com o contexto atual. Inseri os conceitos bíblicos pertinentes ao tema. Mas ficou uma pergunta constrangedora, para todos: As conquistas, o espaço, a igualdade e os valores modernos têm suprido as carências afetivas, pessoais e relacionais da mulher? Eu mesmo ouso responder antes que você raciocine melhor no tema: definitivamente NÃO!.

Exponho, em poucas linhas, algumas das razões que fundamentam esse meu pensamento. Ei-las:

I – OS SEXOS NÃO FORAM CRIADOS PARA UMA DISPUTA

Muito do que se prega em relação ao posicionamento homem/mulher nessa contemporaneidade, contraria o padrão bíblico para essa dicotômica relação. Leiamos:

Disse o homem: Esta agora é osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada mulher, pois do homem foi tomada. Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Gn 2.23,24

Não consigo encontrar nessas linhas uma distinção entre a condição de valor entre o homem e a mulher. Cada um foi criado com um propósito e com uma caracterização própria e peculiar.

A orientação da guerra pela independência me parece eivada de vício e malignidade.

Primeiro, porque alimenta o machismo. Este, torna o homem em um monstro anacrônico, insensível e animalesco. Ver a mulher com olhos de menosprezo e reduzi-la a um poço onde se busca prazer, cuidado e prestação de serviço para depois deixa-la a mercê dos caprichos pessoais do sexo masculino, além de pecaminoso, é vergonhoso. Paulo assevera:

“… mas a mulher é a glória do homem… Todavia, nem o homem é independente da mulher, nem a mulher independente do homem, no Senhor.” I Co 11.11.

Ainda:

“Vós maridos, amai a vossas mulheres , e não a trateis asperamente.” Cl 3.19.

Todo homem que se apresenta machista está contrariando uma expressa orientação bíblica e principiológica.

Segundo, por que, por mais que digam o contrário, a mulher depende a orientação, do cuidado e da proteção masculina. Discorda disso? Então vamos ler novamente a palavra de DEUS:

“Pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” Ef 5.23.

“Vós mulheres, sede submissas a vossos PRÓPRIOS maridos, como convém NO SENHOR.” Cl 3.18.

Procedi os grifos acima para ressaltar, sem discutir o mérito, a importância da submissão bíblica.

PROPRIOS MARIDOS: Não há uma relação de minoridade entre o sexo feminino para com o masculino. Cada mulher prestará submissão àquele que formar com ela uma só carne, ao seu marido. Isso se aplica, extensivamente às filhas em relação aos pais, não obstante, a bíblia oferecer orientação própria aos filhos.

NO SENHOR: Não se confunde submissão com escravidão ou subjugo. De maneira alguma. A autoridade que o homem exerce sobre SUA mulher, é no sentido de proteger, amar, cuidar, orientar e decidir para o bem do convívio mútuo, sem egoísmo ou sentimento perverso qualquer que seja.

Encerrando esse ponto, pergunto: A independência supre a falta de carinho, de romantismo, de proteção, de prazer e satisfação que um homem orientado pelo Senhor pode oferecer a uma mulher? A mulher é mais satisfeita sozinha, apenas dando ordens, ganhando mais ou ocupando lugares de paridade com o homem? Nunca! Fomos feitos para a completude, um suprindo as carências do outro.

Amor correspondido e respeito recíproco nunca poderão ser substituídos. Por nada!

II – OS HOMENS NÃO TEM CUMPRIDO O SEU PAPEL

Busquemos uma dose de humildade e reconheçamos: temos deixado muito a desejar no desempenho de nosso papel como homens.

Homens educados, cavalheiros, românticos, atenciosos, protetores estão cada vez mais raros, contrariando o que a bíblia ordena:

“Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.” Ef 5.25.

“Ninguém seja desleal com a mulher da sua mocidade.” Ml 2.15.

Não vamos nos prender neste tópico, apenas farei algumas perguntas, aos homens:

Temos considerado a forma de amor, da mesma maneira que Cristo considerou seu amor pela igreja? Trata-se de um amor sem reservas, perdoador, sacrificial, inocente, cativante. Qualquer submissão se justifica naturalmente sob um amor como este. Então, antes de reclamar nossa autoridade, vamos rever que tipo de amor temos entregado às nossa mulheres.

Nossa lealdade e fidelidade tem sido nossa marca? Temos amado uma mulher de cada vez? Temos contado a verdade, sempre? Nosso coração é verdadeiramente de quem beijamos, abraçamos e copulamos?

As mulheres com quem convivemos têm recebido de nós atenção e carinho? Como reagimos quando elas nos contam seus segredos, suas dores, seus (des) afetos? Temos tido prazer no diálogo, em passar muito tempo juntos? Um amigo me disse que ao passar um dia inteiro calado ao lado de “sua mulher”, sempre tinha a impressão de ter tido a melhor conversa de toda a sua vida.

É para refletir. Antes de querer buscar alguém, é preciso ser alguém.

III – A MULHER NÃO TEM SE DADO CONTA DO VALOR QUE TEM

É impressionante como questões como aborto, sexo livre, revistas masculinas, relacionamentos inconseqüentes passam tão desapercebidamente pelas mulheres, que são as mais afetadas por esses temas.

Na busca de alcançar a modernidade e se enquadrar nos padrões contemporâneos de sociedade, a mulher de aberto mão princípios e valores capitais para a subsistência da moralidade. Sobre o valor da mulher, vejamos o que a bíblia diz:

“Casas e riqueza herdam-se dos pais, mas a mulher prudente vem do Senhor.” Pv 19.14.

“A mulher exemplar é a coroa do seu marido.” Pv 12.4.

“Uma mulher exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis.” Pv 31.10.

Precisa dizer mais alguma coisa? A mulher com conteúdo, com virtudes, cheia de Deus sempre encontrará um lugar ao sol.

Digo com profunda tristeza: As mulheres modernas têm, quase sempre, cedido à tentação da superficialidade, da frivolidade, ao invés de cultivar uma personalidade e um caráter digno de atenção.

São cativantes pela beleza estética e nos repelem quando demonstram uma ausência vergonhosa de essência e substancia. Trocaram leitura por cosméticos, diálogo por grifes, informação por flertes, sabedoria por dinheiro, etc.

Percebo que falta orientação para as mulheres nas escolhas da vida, como carreira profissional, relacionamentos amorosos, amizades e companhias, enfim, escolhem pela pressão do grupo, pela necessidade de ser “igual ou melhor” que “as outras”, e, sem a mínima intenção de ofender, quase nunca andam por caminhos próprios ou têm idéias pessoais, cultivadas a partir de experiências particulares de vida e de conquistas imanentes.

Aconselho que sejam autênticas, que cultivem a meiguice, o companheirismo e que retomem a perdida feminilidade. Que se valorizem, que não se vendam por nada e nem por preço algum, que se deixem conquistar, que tenham predileção por homens de caráter honesto e verdadeiro, mesmo que isso não possa ser visualizado por tantas amigas, que busquem mais em Deus para suas escolhas e desprezem a tentação de parecer com o mundo. Enfim, que sejam cada vez mais mulheres.

Em suma, vejo que é necessária uma reflexão profunda, capaz de propiciar uma mudança, não apenas nas relações, mas na forma de pensar e nos sentimentos de quem se propõe a envolver.

Aos homens, amem, profundamente. Às mulheres, valorizem-se, humildemente.

NESTE ARTIGO, MINHA HOMENAGEM ÀS MULHERES MAIS LINDAS DO PLANETA: JOANA DARQUE, PAULICÉIA, JAINE E PRISCILA. MINHA ETERNA ADMIRAÇÃO!!