JULGAMENTO INIGUALÁVEL

“E foi Jesus apresentado ao presidente”

(Mateus 27:11)

Tais palavras iniciam o relato de um julgamento único na
história humana.

Aquele pelo qual tudo foi criado estava ali sendo acusado por
Suas criaturas. Um homem pecador julgou e sentenciou o Filho de Deus, que
estava diante dele como Homem, algemado como se fosse um criminoso, embora tenha
sido a única Pessoa que viveu sem pecar. Como representante da autoridade
outorgada por Deus, Pilatos abusou do poder concedido a ele, e pronunciou um
veredito injusto sobre Jesus Cristo, o Justo e o Santo.

Observemos a grandeza e a dignidade de nosso Senhor nessas
humilhantes circunstâncias! No versículo 12 lemos: “E, sendo acusado pelos
príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu”. Será que não tinha o
direito de se justificar? Teria sido uma coisa muito fácil desmentir as
acusações. O que aconteceria com seus acusadores, se Ele tivesse aberto Sua
boca em Seu divino poder e perfeição? Quantas vezes silenciou Seus adversários
no passado com Suas palavras irrefutáveis e Sua sabedoria divina!

Agora era Ele quem estava calado. Lembramos do Salmo 38:13-14:
“Mas eu, como surdo, não ouvia, e era como mudo, que não abre a boca. Assim eu
sou como homem que não ouve, e em cuja boca não há reprovação”. Ele era de fato
o Único que “quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava,
mas entregava-se àquele que julga justamente”, isto é, Seu Deus (1 Pedro 2:23).