Vou falar um pouco sobre a solidão. Esse sentimento tão traiçoeiro, que mutila aos poucos as pessoas. A rigor, solidão seria um estado de espírito. Você pode estar sozinho, mas não se sentir solitário e você pode estar cercado de pessoas e, mesmo assim, se sentir só. O estado de solidão tem diversas causas e conseqüências. Vou enfocar uma: A solidão dos líderes.
Líderes são pessoas, por definição, acostumadas à solução de problemas. Normalmente, nós transmitimos aos líderes as nossas angústias, os nossos anseios. Neles depositamos a nossa confiança. Para a grande maioria dos comandados, os líderes têm forças sobre-humanas, e nos esquecemos muitas vezes que o líder é tão humano quanto nós, que ele tem medo, que ele tem dúvida, que ele sofre.
Jesus Cristo, o maior de todos os líderes, em muitos momentos esteve só. Não me esqueço da passagem do Getsêmani, quando Jesus esteve só, e sofreu muito com isso. Claro que Ele não iria transferir a Sua responsabilidade. Mas ao líder, ter com quem compartilhar as angústias é muito importante, ter a quem pedir oração, idem. E Ele esteve só. Nos momentos cruciais, Ele esteve só. Nos momentos de maiores pressões, Ele esteve só.
Todos os líderes ao longo da história foram sós. O líder, por se sentir só, acaba tendo que tomar decisões solitárias, e nós, acabamos por pressioná-lo mais ainda. Líderes não foram feitos para serem solitários.
Nosso dever é dar força aos líderes, apóia-los, incentivá-los. Não podemos esquecer de que líder é gente também. Ou seja, ele erra, ele pode errar.
Uma palavra aos líderes: Não desanimem jamais, espelhem-se no Líder dos líderes, que foi caluniado, rejeitado, humilhado, enfim, que foi execrado por uma grande parte da sociedade de sua época e mesmo assim não perdeu o ânimo nem o foco. E, ao final de sua jornada, cumpriu o seu objetivo.
