Martírio

Os espinhos que rasgaram sua testa verteram o sangue que regou o chão para que a igreja frutificasse.

A maldade e o pecado dos homens vazaram seus olhos e fizeram com que lágrimas rolassem.

A agonia do Getsêmani, fez seu suor cair como sangue no jardim pra que eu sentisse o perfume das flores.

Foi assim que recebi através do seu martírio, alívio das minhas dores.

O flagelo rasgou tua carne e eu a comi.

Espargiu teu sangue e eu bebi.

Foi através da sua morte que vivi!

Tu te entregaste por mim, morreste em meu lugar e eu te neguei, fugi e trai.

Tu és fiel eternamente e eu infiel permaneço.

Suas misericórdias não têm fim, seu amor não tem preço!

O véu do santuário foi rasgado, quando uma lança perfurou fundo, o teu lado!

Vertendo sangue e água para lavar minha culpa, meu pecado.

E por teu lado rasgado eu posso entrar, na presença do Deus vivo em oração,

Pois a água e o sangue regaram a rocha e amoleceram meu endurecido coração.

E hoje dessa pedra bruta brota então, um fruto de louvor e adoração.

Tu foste obediente até a morte e uma morte horrenda ali na cruz!

Tu mergulhaste em escuridão profunda, pra que eu brilhasse em resplandecente luz.

Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós.

A maior ironia da história! Eis contado entre transgressores o santo de Deus, o rei da glória!

Digno de toda honra e louvor dos céus dos céus e blasfemado na terra.

O Deus de amor, glorificado por serafins e querubins e humilhado por homens vis, que lhe declararam guerra.

Tudo isso porque soberanamente, derramou sua alma na morte.

Pra satisfazer a justiça do Pai, Declarar seu eterno favor e mudar minha sorte.

“Da tua morte meu Senhor,

Sempre me lembrarei!

Teu sacrifício remidor,

Jamais esquecerei!

Quero lembrar da tua dor,

Lá no calvário oh salvador!

Quero lembrar do teu amor!

Da tua cruz Senhor!”

H.C.

Para ruminar vida afora:

“Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.” Salmo 22:6