Halachá: A lei de Deus e minha fé

“E também ouve ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, quando vier de terras remotas, por amor do teu nome (Porque ouvirão do teu grande nome, e da tua forte mão, e do teu braço estendido), e vier orar voltado para esta casa, Ouve tu nos céus, assento da tua habitação, e faze conforme a tudo o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que o teu nome é invocado sobre esta casa que tenho edificado. Quando o teu povo sair à guerra contra o seu inimigo, pelo caminho por que os enviares, e orarem ao SENHOR, para o lado desta cidade, que tu elegeste, e desta casa, que edifiquei ao teu nome, Ouve, então, nos céus a sua oração e a sua súplica, e faze-lhes justiça. (I Rs 8:41-43).

Sinto o aroma do fruto maduro no ar. Pronto para ser ingerido. Sinto seu cheiro como uma doce recordação trazida pelo vento. Mas não foi o vento que o trouxe, veio em forma digital, guiada pelo sopro do altíssimo. Ela está presente, fica exposta no ar que respiramos, na conduta, na ética, no proceder do cristão. Mesmo diante de tanta insensibilidade, por parte dos homens, percebo sua invisível presença. Torna-se uma fonte que nunca se deixou secar.

Enquanto cristãos apelam para ver sinais e milagres, esquecendo-se que eles já aconteceram e acontecem continuamente. Essa busca obstinada pelo milagre acaba desvirtuando e ferindo a fé. Quando agem assim, dá impressão de viver somente na prática Judaica. Alguém já disse: “O Judaísmo é a única entre todas as grandes religiões do mundo que não confia em “reivindicações de milagres” como base para estabelecer uma religião”.

Diante da poluição espiritual propagada nos dias atuais, nós cristãos, precisamos urgente dos novos mundos e novas terras. Na verdade, estão erodindo os valores da decência e ordem. “A Redenção já veio para alguns e chegará hoje para outros, – afinal não estamos sós, – se derem atenção à Sua voz, Jesus viverá e reinará em corações” (Mt 11:28). Essa consciência ampara minha vida.

“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus” (Ez 36:25 –28).

Minha fé é judaica-cristã. A Halachá é o rumo, o padrão que preciso para estabelecer essa conduta. Porém, creio na transformação da vida associada à comunhão com Aquele que, verdadeiramente, redireciona vidas. De forma alguma arvoro em reduzi-la nem desmerecê-la, contudo, aceito de forma intrínseca contida na conjunção do plano de Deus para o homem.

“Seus mandamentos têm sido minhas canções” Salmo 119:54.

Toda honra ao Criador dos céus e da Terra.