Helen Berhane ficou presa na Eritréia durante aproximadamente dois anos. Seu único crime foi pregar o evangelho e louvar a Deus. Sua sentença foi ficar confinada em um contâiner de aço que durante o dia atinge a temperatura de 60º e a noite – 10º; com direito a torturas diárias por ela não negar a sua fé.
Helen suportou durante todo esse tempo os maus tratos simplesmente por amor a Deus.
Será que nós, que somos livres pra louvar e pregar o evangelho, seríamos capazes de trocar de lugar com a Helen, nem que fosse por apenas um dia? Creio que não. Estamos ocupados demais ganhando dinheiro, cuidando da vida alheia ou brigando por algum cargo.
Quanto tempo ainda teremos?
Até quando teremos liberdade de culto?
Durante o tempo que ficou presa, Helen foi torturada e humilhada porque não quis negar a sua fé em Jesus e ser livre para ir dormir na sua cama macia, porque para ela um prato de comida fresquinha não vale mais que uma alma.
Helen é um exemplo de força e fé. Pessoas como ela me ensinam a ser mais crente. Me ensinam a dar valor à vida, à igreja, ao meu ministério e, principalmente, à liberdade.
Ela não é super-herói. É apenas uma mulher como eu, mas com uma diferença: ela foi forte o bastante para anular seus sentimentos, sua dor, sua fraqueza, e lutar pela vida. Helen teve mais amor pelas almas perdidas do que por ela mesma.
Fiquei imaginando como foram os seus dias.
Talvez, se eu fosse menos egoísta, conseguiria imaginar o seu rosto sofrido ou ouvir seus gemidos de dor e clamor. Se eu tivesse consciência de que ela e os outros irmãos perseguidos espalhados pelo mundo são membros do mesmo corpo que eu, com certeza eu sentiria a mesma dor, a mesma fome, a mesma sede, o mesmo frio, o mesmo calor.
Pra que tanta individualidade se somos membros de UM só corpo? Isso não se limita à igreja que reunimos.
Por milagre, Helen foi libertada com vida há alguns dias graças a irmãos que amaram incondicionalmente, verdadeiros intercessores que Deus levantou pra que dedicassem um período do seu dia orando em favor da Helen e dos demais irmãos.
Ainda existem “pedaços de nós” sendo presos e mortos simplesmente por estarem obedecendo ao IDE. É responsabilidade nossa clamarmos por essas vidas, pelas igrejas perseguidas, para que Deus, com seu amor e poder, reverta esse quadro.
Não feche os olhos para isso. Nossos irmãos estão em outros países, mas nossos corações devem estar unidos em amor.
Desejo que Deus nos torne crentes verdadeiros, que sejamos mais unidos independente de fronteiras, que a dor do nosso irmão seja a nossa, e que a sua alegria seja também a nossa.
Não sabemos até quando os nossos templos estarão de portas abertas e nem até quando seremos livres.
A união nos tornará invencíveis e, se isso acontecer, o mover de Deus será tremendo.
Oremos com propósito e em unidade!!!
“E nisso sabereis que sois de Cristo, se amais uns aos outros.”
Leia outras matérias sobre a Igreja Perseguida
