UM PARADOXO DIVINO

Quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão (Isaías 53:10).

Aqui o profeta Isaías predisse a grande obra da redenção e os resultados que se seguiriam. Ele declara: “Quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade”. Para o homem natural, a morte elimina qualquer possibilidade de haver descendência; mas pela morte esse maravilhoso Homem assegurou Sua posteridade. O próprio Senhor falou: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12:24). Portanto, ele assegura Sua posteridade – uma posteridade espiritual – composta por um grande exército de redimidos escolhidos de todas as nações, que por fim cantarão o novo cântico: “Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Apocalipse 5:9).

E também lemos: “Prolongará seus dias”. A morte que acaba com os dias do homem caído se torna o meio de prolongar os dias deste Homem perfeito. Que aparente paradoxo! A ressurreição é a gloriosa resposta para este paradoxo! Deus não tem prazer algum em que o homem permaneça sobre a sentença de morte, menos ainda que permaneçamos em nossos pecados e sejamos julgados por eles. Vemos o Senhor Jesus sendo entregue por nossas ofensas e ressuscitando para nossa justificação. Ele afirma: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:17-18). O salmista escreveu: “Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente” (Salmos 21:4). Só o Senhor Jesus poderia da morte gerar vida e posteridade para sempre!