O preço do resgate

“O inimigo não vem, senão a roubar, matar e destruir” (Jo 10:10a).

Tudo parece estar bem. O empresário está na reunião super-importante da semana, aguardando o momento em que ela vai acabar para partir para um almoço de negócios. A sua esposa atrasou um pouco na fila do caixa do supermercado e os filhos estão à espera na escola. Então avistam o carro e sua mãe dentro dele, ela baixa o vidro e pede que os filhos atravessem a rua, na hora da travessia um carro se atravessa e coloca a filha mais nova para dentro e arranca dali. Seqüestro. Uma palavra que ficou muito comum em nossos dias. Os minutos que seriam antecedentes do almoço tiram o apetite do empresário e torna-se uma verdadeira tormenta. Um momento que, sem dúvida, é de muita dor para os envolvidos. Sempre achamos que isso só pode acontecer com os outros, mas o que fazer nessa hora? A vida de sua filha nas mãos do inimigo que você nem sabe quem é. Em poucos minutos o telefone celular do empresário toca e o seqüestrador tenta negociar o preço do resgate. A resposta do empresário: “Estou disposto a pagar o preço que for necessário para ter a minha filha de volta”.

Tudo parece estar bem em nossa vida e, de repente, num abrir e fechar de olhos, a nossa vida pode mudar. O nosso inimigo não brinca e atravessa o nosso caminho para tirar de nós aquilo que nós temos de mais importante: A NOSSA COMUNHÃO COM DEUS. Nem sempre o agir dele é como nos seqüestros. Às vezes é num processo lento, mas sagaz. Astuto como é desde o Éden, o inimigo vem enganando e derrubando gente nessa caminhada rumo ao céu. E muitas vezes estamos despercebidos das investidas dele. Mas pense um pouco em quantos vizinhos seus que conheceram a Jesus, se converteram, começaram a trabalhar no Reino de DEUS, eram fervorosos e foram aos poucos enfraquecendo e até mesmo chegando a desviar-se dos caminhos do Senhor. Pense em seus amigos da Escola ou da Faculdade que não sabiam viver longe da Igreja e hoje não querem colocar mais os pés nela. Pense em seus familiares, aqueles que você conduziu ao Mestre e hoje você está vendo no bar quando está se dirigindo ao culto. E até mesmo você que está lendo agora, ao olhar para trás e lembrar-se do primeiro amor de quem você era a tempos atrás, da saudade que dá dos tempos em que aceitamos a fé e hoje parece que estamos servindo a um outro deus que não o Senhor.

Estamos vivendo tempos difíceis, onde encontramos dentro de nossas igrejas pessoas a quem Satanás saqueou. Saqueou a santidade, o comprometimento, o amor e até mesmo o desejo e a esperança de um dia ir morar no céu, como se isso fosse uma ilusão e não uma promessa viva de DEUS para aqueles que o amam. Pessoas marcadas por atitudes que foram como de um seqüestrador: Um irmão em quem você confiava e levantou falso contra você, o seu marido te traiu, o pastor da sua igreja teve um caso com a sua esposa, são investidas de Satanás que fazem com que as pessoas que parecem ser mais maduras, entrarem num processo de esfriamento espiritual que os leva para longe de Deus.

Tenho escutado nos lugares onde passo que este é um tempo de restituição, de que DEUS irá nos restituir. Certamente que DEUS estará agindo em nosso favor, mas é preciso querer, é necessário pagar o preço do resgate, resgatar a unção, resgatar o avivamento, resgatar a comunhão com DEUS. Diante de uma situação em que nos é levado algo ou alguém de muita importância, as palavras são: eu pago o preço que for necessário. Já vi gente que quase morre quando um gato ou cachorro foge, mas é interessante que para se ter a comunhão com DEUS de volta muitos não estão dispostos a pagar um preço. A única coisa no Reino de DEUS que é de Graça é a nossa Salvação. A unção de DEUS custa caro, a comunhão com DEUS exige renúncias e o avivamento depende da nossa instrumentalidade nas mãos de DEUS. Qual é o preço que você e eu estamos dispostos a pagar? Quanto vale para mim e para você ter de volta O PRIMEIRO AMOR? Quanto vale ser um instrumento de glória nas mãos do Senhor? Nesta última hora DEUS está procurando pessoas com quem Ele possa contar e a quem Ele possa usar. Será que essas pessoas somos eu e você?