Carta a Richard Dawkins (1)

Senhor Dawkins:

Provocação

Li o seu livro Deus, um delírio [1]. Sem dúvida uma grande provocação que, espero, não há de ficar sem resposta. Dirijo-me também, e mais propriamente, nesta carta, a todos os cristãos, conclamando-os para uma firme e urgente tomada de posição. É hora de nos alinharmos frente ao fanatismo dawkinsano da obra. Somar forças. E que Deus nos ajude! -sem Ele, aliás, o que podemos fazer?

Apesar de compartilharmos, Sr. Dawkins, do mesmo interesse na compreensão dos mecanismos da vida – pesquisa e biologia como é o seu caso e medicina e cirurgia como tem sido o meu – não concordo com o ateísmo evolucionista incendiário que defende na obra. Tem outras coisas que também não concordo mas, sinceramente, não valeria à pena citá-las: seria perda de tempo. Reconheço, contudo, que, sem dúvida, foi esforçado na defesa de seus pontos de vista.

Entendo que sua provocação deve ser estendida a todos os segmentos de estudo e trabalho do cristianismo. Uma avaliação retardada do que temos feito na tarefa de interpretar e aplicar o ensino bíblico.

Leia a continuação desta carta

Notas:

[1] Deus, um delírio (The God delusion) / Richard Dawkins; tradução de Fernanda Ravagnani. – São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

por Jorge Luiz Sperandio