“Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se entre os serventuários, para ver o fim.” (Mt 26:58).
Nossa vida é transitória e o efêmero faz parte do nosso cotidiano. Apesar disso, existe um fim que esperamos com entusiasmo, o fim de ano. Festividades, encontros, férias… Ah! As tão sonhadas férias… E mais, o tão esperado fim do campeonato brasileiro, fim da novela, fim do seriado. São apenas alguns entre tantos “fins” que apreciamos.
Quer saber de um fim que eu, particularmente, gosto muito? O final de um livro, aliás, leio todo o livro esperando ansiosamente pelo que reserva o seu fim. E com os filmes não é diferente, o final é sempre a melhor parte, ou, pelo menos, deveria ser.
Curiosamente Pedro também esperava um fim e não queria perder nenhum capítulo. Mesmo à distância ele acompanhou tudo o que pôde. De fato Pedro foi como nós. Um homem que não gostava de perder: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei.”. Perder um evento, então, nem pensar!!!
Por que ele não permaneceu com Cristo ao invés de fugir como os outros? E, se fugiu, por que ficou de longe, à espreita? Talvez porque, como nós, o fim que esperava ver era apenas o perceptível.
Quantas vezes por dia você pensa no fim dessa vida? Sim, pensar no fim dessa vida implica pensar no início da outra vida – que é bem melhor. Não vivemos como se cada dia fosse o último porque os fins que prezamos são apenas os aparentes, transitórios e efêmeros.
Um ano termina e logo começa outro. Acaba um campeonato e em breve outro dará seu início. Terminam os estudos, mas ano que vem teremos mais. Termina um filme e outro já está na fila para começar. No entanto, com nossa vida é diferente; ela é um filme inédito que não se repetirá, é um campeonato de uma temporada só, e ainda assim observamos sua passagem, de longe.
Qual é a sua posição? Assentado esperando, como Pedro, para ver o fim? Então levante-se! Há um fim legítimo a ser esperado. Há um final feliz autêntico, genuíno, suntuoso para os que se preparam para ele. Este fim está visível apenas pelos olhos da fé e devemos amá-lo todos os dias.
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2 Tm 4:8).
