Irmãos de Plymoth

Irmãos de Plymoth – Uma comunidade de cristãos que receberam esse nome em 1830 quando o Rev. J. N. Darby (1800-1882) induziu muitos dos habitantes de Plymoth, Inglaterra, a associarem-se com ele para a promulgação de suas idéias.

Embora comunidades prosperas de cristãos existissem na Irlanda e noutra partes alegando ser “Irmãos” e mantendo pontos de vista semelhantes, o acesso que eles tinham a posição de Darby aumentou seu número e influência de tal maneira que ele é geralmente chamado o fundador do Plymothianismo. Darby havia sido coadjutor em Wickhow 1825-1827, quando se sentiu constrangido a deixar a Comunhão Anglicana; indo para Dublin, ele se associou com várias pessoas devotas que se chamavam Irmãos.

Entre eles estava A. N. Groves e J. G. Bellett, que se encontram entre os fundadores do movimento. Em 1830, Darby conquistou muitas pessoas para pensarem da sua maneira, entre eles o bem conhecido erudito bíblico Samuel Prideaux Tregelles. Durante os próximos oito anos o progresso foi muito rápido, e muitas comunidades foram fundadas nas pequenas cidades da Inglaterra.

Em 1838 Darby foi residir na Suíça Francesa e fez discípulos. A Suíça Francesa permaneceu a fortaleza do Plymothianismo no continente, e para os seus seguidores ali Darby escreveu dois folhetos, “Le ministere consideré dans sa nature” e “De la presence et de laction du S. Espirit dans l`église.” A revolução no distrito de Vaud trouxe perseguição aos irmãos lá e nas outras partes da Suíça Francesa. Ele retornou à Inglaterra, e o seu reaparecimento foi seguido por divisões entre os irmãos de casa. Estas divisões começaram em Plymoth. Benjamim Wills Newton, líder da comunidade alí, que havia sido um companheiro seu da universidade Exeter Oxford, foi acusado de afastar-se do testemunho dos Irmãos por reintroduzir o espírito de eclesisticismo. Incapaz de separar a congregação do seu professor, Darby começou uma assembléia rival. A maioria dos Irmãos de Plymoth apoiaram Darby, e uma minoria permaneceu com Newton. A separação se tornou mais aguda em 1847, com a descoberta de um ensino supostamente herético por Newton. Em 1848, uma outra divisão ocorreu. A congregação de Bethesda de Bristol, onde Jorge Müller era o membro de mais influência, recebeu na comunhão vários seguidores de Newton e justificaram sua ação. Disto tudo saíram os “Irmãos Neutros”, dirigidos por Müller, e os “Irmãos Exclusivistas” ou “Darbystas”, que recusavam manter comunhão com os seguidores de Newton ou Müller.

Os exclusivistas que eram em maior número, sofreram outras divisões. Um clérigo irlandês chamado Samuel O`Malley Cluff havia adotado pontos de vista semelhantes àqueles de Pearssal Smith, que pregou uma doutrina de santificação chamada “Morte da Natureza” como antídoto ao suposto Laodiceanismo predominante, e quando estes foram repudiados, afastaram-se com seus seguidores. A divisão mais importante nos Exclusivistas chegou na crise de 1881, quando Willian Kelly e Darby se tornaram líderes reconhecidos de duas seções que se separam por causa de um ponto de disciplina. Isso foi seguido (1885) pelo rompimento da seção rigorosa dos darbystas, foram formadas duas comunhões desta divisão por causa de pontos de disciplina.

Os pontos de vista teológicos dos irmãos diferem considerável daqueles sustentados pelos evangélicos protestantes. Eles fazem o batismo infantil uma questão aberta e celebram a ceia semanalmente. Suas doutrinas distintas são eclesiásticas. Eles sustentam que todo ministério oficial, sendo Episcopalismo, Presbiteriano, ou teorias congrecionalistas, é uma negação do sacerdócio espiritual de todos os crentes, e deixa de lado a direção do Espírito Santo.

Notas:

Extraído da Enciclopédia Britânica Traduzido por July An Grahan