Unção de Laodiceia

“Como dizes: Rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu).” (Apocalipse 3:17)

Vivemos uma época desafiadora e talvez a nossa geração de cristãos seja responsável pela última mensagem da graça que será pregada a humanidade. Tamanha responsabilidade requer uma igreja santa, irrepreensível e poderosa, mas o que vejo é uma igreja oposta a isso.

O mundo continua entrando pelas portas da igreja com seus costumes, sua música, sua sensualidade, seu entretenimento e, claro, com seu pecado. E a igreja, sem poder, assiste passivamente a tudo.

Por onde passo, vejo crentes cansados, sonolentos e sem vigor. Pessoas que se empolgam e se emocionam no show do domingo à noite, mas que voltam à mesma letargia antes mesmo de a segunda amanhecer.

Não bastasse, ouço pregadores dizendo que Deus está trazendo uma unção de prosperidade sobre Seu povo. Creio que Deus pode prosperar a quem Ele quiser, mas para quê uma igreja mimada como a nossa precisa de prosperidade? Serão mesmo necessárias cadeiras acolchoadas, piso de granito e ar condicionado para acomodar nosso povo enquanto tantos missionários quase não têm o que comer?

Pastores que esbanjam dinheiro em seus carros luxuosos, helicópteros e até jatinhos particulares me dão nojo. Cantores que cantam a santidade de Deus de olho em seus contratos me fazem lembrar as palavras do Senhor quando disse: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Esta igreja que meus olhos vêem é rica aos seus próprios olhos, mas miserável aos olhos de Deus. Nunca a igreja foi tão rica… Nunca a igreja foi tão pobre…

Não precisamos desta unção de Laodiceia, mas sim de uma unção de arrependimento e vergonha na cara. Tivemos a coragem de colocar o Senhor para o lado de fora, que hoje tenhamos coragem de abrir a porta e convidá-lo a voltar.

“Senhor, Tu me sondas e me conheces” – Salmo 139:1