A história da igreja no Iraque

1º Século

O apóstolo Tomé, ajudado por seu discípulo Addai, evangeliza as regiões orientais da Mesopotâmia, apesar da hostilidade do império persa, cuja religião de Estado é o masdeísmo.

O cristianismo espalha-se gradualmente sem tornar-se a religião da maioria.

339-379

Shapur II persegue os cristãos.

634

Um exército de 18.000 árabes muçulmanos tribais sob a liderança do general Khalid ibn al Walid (apelidado de “Espada do Islã”) chega ao delta do rio Eufrates, que está ocupado na época pelos sassânidas. Na época da conquista islâmica, a maioria das tribos do Iraque é cristã.

Os cristãos decidem pagar a jizya, a taxa exigida dos não-muçulmanos que vivem em áreas dominadas por muçulmanos, para não serem mais perturbados.

750-1258

Bagdá torna-se o centro do império islâmico Abássida. O reinado dos primeiros sete califas é lembrado no mundo árabe como o auge do passado islâmico. Um grande número de secretários nas chancelarias de Estado em Bagdá é de cristãos. A Igreja Oriental estende-se por uma grande área, da margem oriental do Eufrates ao sudeste da Ásia. Entretanto, o número de cristãos diminuiu bastante no ano 1000.

Em 1258 os mongóis destroem Bagdá e o Iraque torna-se uma negligenciada província de fronteira do império mongol. Sendo xamanistas, os mongóis consideram o islamismo o seu maior inimigo.

Inicialmente, a relação com os cristãos locais é muito boa. No final do século 13, entretanto, os mongóis se convertem ao islamismo. Timur Lenk é explicitamente hostil ao cristianismo e a diocese da Igreja Oriental é reduzida aos limites da Mesopotâmia e da área turco-iraniana.

1534-1918

Período Otomano. O Iraque é dividido em três províncias: Bagdá, Mossul e Basra. Apesar das comunidades cristãs recuperarem a região, a porcentagem de cristãos iraquianos cai de 4,6% em 1580 para 2,2% em 1882.

1920-1932

O Iraque passa a ser domínio britânico. Os nacionalistas começam a Grande Revolução Iraquiana. Milhares de assírios entram no território iraquiano buscando refúgio da selvageria turca. Finalmente, a Inglaterra começa a preparar o caminho para o próprio governo. Em 1921, Faisal, descendente do xerife de Meca e descendente de Maomé, torna-se rei do Iraque.

1932-1958

O Iraque é uma monarquia independente. Os assírios pró-ingleses recusam-se a reconhecer o governo e querem estabelecer um Estado próprio. Por ordem do governo do Iraque trezentos homens, mulheres e crianças são massacrados no vilarejo assírio de Sumayyil em 1933.

1958

Em julho de 1958, oficiais depõem a monarquia. Em 1968, o partido Baath toma o poder. Nesse golpe Saddan Hussein desempenha um papel importante. Entre a primavera de 1987 e fevereiro de 1988, o governo iraquiano destrói 31 vilarejos assírios, incluindo 25 monastérios e igrejas.

1980-1988

Guerra Iraque e Irã, a mais longa guerra convencional do Século XX. Custa centenas de bilhões de dólares e centenas de milhares de pessoas morrem.

1991

Guerra do Golfo. Desde então, cerca de um terço dos cristãos da nação deixou o país.

2003

Guerra no Iraque. EUA atacam o Iraque e não conseguem comprovar sua teoria de que eles teriam armas de dstruição em massa.

Dados estatísticos

Nome completo do país: República do Iraque (Al-Jumhuriyah al-Iraqiah)
Capital: Bagdá
Área territorial: 438.317 km2
População: 23,1 milhões habitantes (75% urbana)
Forma de governo: República
Chefe de Estado: Saddam Hussein
Povos: Árabe 75-80%, curdos 15-20%, turcomanos, assírios e outros 5
Línguas: Árabe, curdo (oficial nas regiões curdas), assírio e armênio
Religião: Muçulmanos Shi´a 60-65%, muçulmanos sunitas 32-37%, cristãos ou outros 3%
Número de cristãos: 620.000, em declínio
Perseguição: Isolada, em crescimento

Os dados acima foram retirados do livro Cristianismo de Alto Risco.