“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.“ Romanos 8: 38
Foi-se o natal de número 44. Quem sabe, Deus me proporcionará, também, a 45ª virada de ano e a 6ª como convertido. Quando olho para trás e vejo minha caminhada, louvo a Deus pelo que Ele fez em minha vida. O quanto fui transformado e o quanto teve misericórdia de um ex-sem-graça e agora na graça do Senhor. Em minha vida, já fui muito ex-isso, ex-aquilo, etc etc etc, mas hoje, vivo plenamente na graça divina que me alcançou. E, nela, creio que tenho feito a diferença na vida de pessoas conhecidas, outras que não conheço e outras que um dia conhecerei por esses caminhos que Deus tem me levado. Afinal de contas, subir morros de favelas, entrar em trevas para resgatar perdidos, falar com estranhos andarilhos e coisas do tipo, se não estiver na graça do Senhor e orientado pelo Espírito Santo de Deus, é trabalho e tempo perdidos. Quanto a isso, não tenho o que reclamar nesse ano, pois o Senhor me encorajou a não fugir de minhas responsabilidades e fiz o que devia ser feito. Tenho consciência de que não foi muito e quando puder falar com Ele, frente a frente, quero me desculpar por não ter feito mais.
Penso, nesse instante, em uma lista de afazeres profissionais, pessoais e, principalmente espirituais. Minha alma anseia por mais no reino do Senhor. Meu desejo é que eu dedique mais tempo para o Senhor do tempo, mas como tudo que faço e quero, deixo para o Senhor me mostrar o que deseja de mim. O natal já se foi e agora, ao escrever estas linhas, olho pela janela e vejo um céu encoberto, carregado e triste. Minha mente viaja e vai buscar as lembranças de outrora, de tempos que não voltarão, de pessoas que se foram. Se o tempo que vivemos nos influencia, creio que sou moldado a cada dia pelas dificuldades que me aparecem. É preciso então, livrar-se do passado para viver o futuro que ainda choramos no presente. Uma garoa cai tranquilamente do céu. Um nó na garganta se forma. O coração sente um aperto. A lágrima insiste em não cair. Penso novamente na lista, nas pessoas, no silêncio. A garoa fica mais forte e transforma-se numa branda chuva. Não ouço o ruído dos carros na rua logo abaixo de minha janela, estico o pescoço, onde estão? Pergunto.
E entre soluços e pensamentos soltos, entre o vazio e as trevas que rondam à luz que me cerca, sinto paz, serenidade e a presença de Deus. A motivação ressurge, a alegria se faz presente, uma luminosidade me atinge como se viesse diretamente do céu, agora não mais encoberto, vejo assim, que não são as nuvens encobertas que me separam de Deus, mas sim, eu. Os pensamentos voltam à seriedade e a distração se dissipa. Tem pessoas precisando de mim e tem eu, precisando também de mim. Junto o que não fiz com o que fiz nesse ano. As falhas e os acertos. As alegrias e as tristezas. As vitórias e os fracassos. E, a poucos dias de 2012, volto enfim!
Minha oração é que você, ao ler essas linhas também repense sua vida. Em tudo que fez e não fez. E que encontre no Senhor motivos (de sobra) para que 2012 seja o ano de sua vida. Nos encontramos, se Deus assim desejar, ano que vem. Viva!
