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Devocionais

Mostre-me sua glória

Um ansioso Moisés pede ajuda. “E Moisés disse ao Senhor: Eis que tu me dizes: Faze subir a este povo, porém não me fazes saber a quem hás de enviar comigo; e tu disseste: Conheço-te por teu nome; também achaste graça aos meus olhos. Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, e separados seremos, eu e o teu povo, de todo o povo que há na face da terra?” (Êx 33.12,16).

Você dificilmente o condenaria por ter medo. Cercado por israelitas que desejavam voltar para o Egito e por um deserto com ventos quentes e pedras escaldantes, o ex-pastor precisa de segurança. Seu Criador oferece. “Disse, pois: Irá minha presença contigo para te fazer descansar. Então disse o Senhor a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos; e te conheço por nome” (Êx 33.14,17).

Você poderia achar que aquilo teria sido suficiente para Moisés, mas ele hesitou. Pensando, talvez, naquela última frase, “farei também isto que tens dito…” Talvez Deus tolere mais um pedido. Então ele engole, suspira e pede…

O que você pensa que ele vai pedir? Ele tem a atenção de Deus. Deus parece desejar ouvir sua oração. “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo” (Êx 33.11). O patriarca percebe uma oportunidade de pedir qualquer coisa. Que pedido ele vai fazer?

Ele poderia pedir tantas coisas. Que tal um milhão de pedidos? Esse é aproximadamente o número de adultos que Moisés liderava (Êx 12:37). Um milhão de ex-escravos teimosos, mal-agradecidos, adoradores de bezerros que murmuram a cada passo. Se Moisés tivesse orado “Será que dá para transformar essas pessoas em ovelhas?”, quem poderia culpá-lo?

Ovelhas. Apenas alguns meses antes, Moisés estava naquele mesmo deserto, perto daquelas mesmas montanhas, de olho em um rebanho. Que diferença dessa nova situação. Ovelhas não fazem exigências no deserto nem transformam bênçãos numa grande confusão. E elas certamente não fazem bezerros de ouro nem pedem para voltar ao Egito.

E quanto aos inimigos de Israel? Campos de batalha esperavam adiante. Combates com hititas, jebuseus… Eles infestam aquela terra. Será que Moisés pode formar um exército com hebreus construtores de pirâmides?

Farei também isto, que tens dito…

“Você poderia simplesmente nos transportar até Canaã?”

Moisés sabia o que Deus podia fazer. Todo o Antigo Oriente sabia. Eles ainda estavam falando sobre a vara de Arão ter sido transformada em uma cobra e no Nilo ter virado sangue. O ar tão denso com moscas que você conseguia respirá-las. O chão tão coberto de gafanhotos que não dava pra andar sem pisar neles. Trevas em pleno dia. Plantações destruídas. A carne salpicada de chagas. Funerais para o primogênitos.

Deus transformou o Mar Vermelho em tapete. O maná caiu. Codornizes em debandada. Água fluiu de uma rocha. Deus pode mover montanhas.

De fato, Ele moveu a montanha do Sinai quando Moisés se pôs ali. Quando Deus falou, o Sinai tremeu e os joelhos de Moisés balançaram. Moisés sabia o que Deus podia fazer.

Ainda pior, ele sabia o que aquelas pessoas eram capazes de fazer.

Moisés as encontrou dançando ao redor do bezerro de ouro, suas lembranças de Deus eram tão apodrecidas quanto o maná de ontem. Ele carregava os mandamentos de Deus escritos em tábuas de pedras, enquanto os israelitas estavam adorando um animal de fazenda sem vida.

Era mais do que Moisés podia suportar. Ele derreteu o animal de metal, transformou o ouro em pó e obrigou os adoradores a beberem aquilo.

Deus estava pronto para liquidá-los e recomeçar com Moisés, como tinha feito com Noé. Porém, duas vezes, Moisés clamou por misericórdia, e duas vezes a misericórdia foi estendida sobre eles (Êx 32.11-14,31,32).

E Deus, comovido com o apelo de Moisés, escuta suas orações. “Disse, pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33:14).

Mais Moisés precisa de mais. “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33:18).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Um quadro da paciência

Venha comigo para Paris, França, 1954. Elie Wiesel é um correspondente de um jornal judeu. Uma década antes, ele era um prisioneiro em um campo de concentração judeu. Uma década mais tarde, ele seria conhecido como o autor de Night, o Prêmio Pulitzer – vencedor relato do Holocausto. Finalmente, ele será premiado com a Medalha de Sucesso Congressional e o Prêmio Nobel da Paz.

Mas esta noite, Elie Wiesel é um desconhecido de 26 anos correspondente de um jornal. Ele está prestes a entrevistar o autor francês François Mauriac, que é um cristão devoto. Mauriac é o mais recente poeta laureado vencedor do Prêmio Nobel de literatura e um especialista na vida política francesa.

Wiesel aparece no apartamento de Mauriac, nervoso e fumando sem parar – suas emoções ainda estavam em frangalhos pelo horror alemão, e seu conforto como escritor ainda estava cru. O Mauriac mais velho tenta deixá-lo à vontade. Ele convida Wiesel para entrar, e os dois sentam-se na sala pequena. Antes que Wiesel consiga fazer uma pergunta, entretanto, Mauriac, um firme católico romano, começa a falar sobre seu assunto preferido: Jesus. Cresce a inquietação de Wiesel. O nome de Jesus é um dedão pressionado em suas feridas infeccionadas.

Wiesel tenta desviar a conversa mas não consegue. É como se tudo na criação levasse de volta a Jesus. Jerusalém? Jerusalém é o lugar onde Jesus ministrou. O Velho Testamento? Por causa de Jesus, o Velho é agora enriquecido pelo Novo. Mauriac converte todos os assuntos para o Messias. A raiva em Wiesel começa a esquentar. O anti-semitismo cristão com o qual ele cresceu, as camadas de dor de Sighet, Auschwitz e Buchenwald – tudo isso ferve. Ele guarda sua caneta, fecha seu notebook e levanta-se zangadamente.

“Senhor”, ele disse para Mauriac que estava sentado e imóvel, “você fala de Cristo. Os cristãos adoram falar dele. A paixão de Cristo, a dor de Cristo, a morte de Cristo. Em sua religião, isso é tudo sobre o que vocês falam. Bem, eu quero que você saiba que há dez anos atrás, não muito longe daqui, eu conheci crianças judias que sofreram mil vezes mais, seis milhões de vezes mais do que Cristo na cruz. E nós não falamos sobre elas. Você consegue entender, senhor? Nós não falamos sobre elas”. (David Aikman, Great Souls: Six Who Changed the Century, Nashville: Word Publishing, 1998, p. 341-342).

Mauriac está pasmo. Wiesel se vira e marcha para fora da porta. Mauriac senta em choque, o seu cobertor de lã ainda ao redor dele. O jovem repórter está apertando o botão do elevador quando Mauriac aparece no hall. Ele suavemente estica a mão para o braço de Wiesel. “Volte”, ele suplica. Wiesel concorda, e os dois sentam-se no sofá. Nessa hora, Mauriac começa a chorar. Ele olha para Wiesel mas não diz nada. Somente lágrimas.

Wiesel começa a desculpar-se. Mauriac não terá nada disso. Em vez disso, ele incita seu jovem amigo a falar. Ele quer ouvir sobre isso – os campos, os trens, as mortes. Ele pergunta a Wiesel por que ele não colocou isto no papel. Wiesel conta a ele que a dor é muito intensa. Ele fez um voto de silêncio. O homem mais velho diz a ele para quebrá-lo e falar.

A noite mudou os dois. O drama tornou-se o solo de uma amizade perpétua. Eles se escreviam até a morte de Mauriac em 1970. “Eu devo minha carreira a François Mauriac”, Wiesel disse… e foi a Mauriac que Wiesel enviou o primeiro manuscrito de Noite.

E se Mauriac tivesse deixado a porta fechada? Alguém o culparia? Cortado pelas palavras afiadas de Wiesel, ele poderia ter ficado impaciente com o jovem bravo e ter ficado contente por ter se livrado dele. Mas ele não poderia e não ficou. Ele reagiu decisivamente, rapidamente e amavelmente. Ele foi “devagar em ferver”. E, por causa disso, um coração começou a curar.

Posso incitá-lo a fazer o mesmo?

“O Senhor é paciente com vocês” (2 Pedro 3:9). E se Deus está sendo paciente com você, você não pode passar alguma paciência a outros? Claro que pode. Porque antes do amor vem outra coisa:

O amor é paciente.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

A derrota do familiar

”Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida.” Salmos 39:4.

Abraham Lincoln certa vez ouviu aos apelos da mãe de um soldado que foi sentenciado à forca por traição. Ela implorou ao Presidente para conceder perdão. Lincoln concordou. Mas, diz-se que ele deixou a senhora com as seguintes palavras: “Entretanto, eu queria que pudéssemos ensiná-lo uma lição. Eu queria que pudéssemos dar-lhe só um pouco de enforcamento”.

Eu acho que sei o que o velho divisor de trilhos tinha em mente. Ontem, eu tive um pouco de enforcamento.

Estávamos em um almoço de domingo na casa de uma família missionária amiga. Depois da refeição, eu estava na cozinha com Denalyn e nossos amigos, Paul e Debbie, estavam conversando na sala de estar. A filha deles de três anos Beth Ann estava brincando com nossa filha de dois anos Jenna no jardim da frente. De repente Beth Ann correu para dentro com um olhar de pânico no rosto. “Jenna está na piscina!”

Paul foi o primeiro a chegar à beira da piscina. Ele foi direto para a água. Denalyn estava quase chegando. Quando eu cheguei, Paul a levantou para fora da água para as mãos estendidas da mãe dela. Jenna estava simultaneamente engasgando, chorando e tossindo. Ela vomitou uma barriga cheia de água. Eu a segurava enquanto ela chorava. Denalyn começou a chorar. Eu comecei a suar.

Pelo resto do dia eu não podia segurá-la o bastante, nem podíamos agradecer Beth Ann o bastante (nós a levamos para tomar sorvete). Eu ainda não consigo agradecer a Deus o bastante.

Foi uma questão de minutos, talvez segundos. Quase a perdemos. O pensamento era insensível e convincente.

Foi um pouco de enforcamento.

A banqueta foi chutada de debaixo dos meus pés e a corda acudiu ao redor do meu pescoço tempo o suficiente para me lembrar do que realmente importa. Foi uma palmada divina, uma graciosa batida na cabeça, uma misericórdia severa. Por causa disso eu fiquei cara a cara com um dos agentes mais astutos do submundo – o agente da familiaridade.

A sua incumbência que vem da sala do negro trono é clara, e total: “não pegue nada da sua vítima; dê motivo a ela somente para não dar valor a nada”.

Ele tinha estado no meu caminho por anos e eu nunca soube. Mas agora eu sei. Eu vim a reconhecer suas táticas e detectar sua presença. E estou fazendo o meu melhor para mantê-lo para fora. Seu propósito é fatal. Seu alvo é nada menos do que pegar o que é mais precioso para nós e fazer com que pareça mais comum.

Ele não roubará a sua salvação; ele apenas fará você se esquecer de como era estar perdido. Você crescerá acostumado à oração, e assim, não orar. A adoração se tornará trivial e o estudo opcional. Com o passar do tempo, ele se infiltrará em seu coração com tédio e cobrirá a cruz com pó para que você esteja seguramente fora de alcance da mudança. Um ponto para o agente da familiaridade.

Ele não só roubará sua casa de você; ele fará algo muito pior. Ele cobrirá isso com uma familiar capa de monotonia.

Ele trocará roupas de gala por roupões, noites na cidade por noites na cadeira e romance por rotina. Ele espalhará o pó de ontem sobre as fotos do casamento no corredor até que elas se tornem lembrança de outro casal em outra época.

Ele não levará seus filhos, apenas fará você ficar tão ocupado para notá-los. Seus sussurros para adiar são sedutores. Há sempre o próximo verão para treinar o time, o próximo mês para ir ao lago, e a próxima semana para ensinar o Johnny como orar. Ele fará você esquecer que os rostos das pessoas ao redor da sua mesa logo estarão nas deles. Assim, os livros não serão lidos, os jogos não serão jogados e as oportunidades serão ignoradas. Tudo porque o veneno do comum tem enfraquecido seus sentidos para a magia do momento.

Antes que você perceba, o rostinho que trouxe lágrimas aos seus olhos na sala de parto tornou-se – pereça o pensamento – comum. Uma criança comum sentada no banco de trás de seu carro enquanto você desce a pista de velocidade da vida. A menos que algo mude, a menos que alguém acorde você, a criança comum se tornará um estranho comum.

Um pouco de enforcamento pode nos fazer um pouco de bem.

Em uma prateleira acima da minha mesa tem uma foto de duas garotinhas. Elas estão de mãos dadas e em pé em frente a uma piscina; a mesma piscina da qual a mais nova das duas foi puxada apenas alguns minutos antes. Coloquei a foto onde eu pudesse vê-la diariamente para que eu pudesse lembrar o que Deus não queria que eu esquecesse.

E você pode apostar que agora eu vou lembrar. Eu não quero mais enforcamento. Nem mesmo um pouco.

Guia de estudo

I. Seu propósito é fatal. Seu alvo é nada menos do que pegar o que é mais precioso para nós e fazer com que pareça mais comum.

    A. Quais as coisas mais fáceis para nós não darmos valor? Um amigo? Filhos? Saúde? O amor de Deus? Nossas vidas? O futuro? Nossa salvação?

    B. O que acontece quando não damos valor a nossa salvação e se torna comum? Que advertências são dadas à igreja em Éfeso que abandonou o seu primeiro amor por Cristo (Apocalipse 2:2-5)? Que advertência é dada à igreja em Laodicéia por ser morna (Apocalipse 3:14-22)?

    C. Como podemos nos guardar de não darmos valor ao que é precioso? Como Max colocou a foto de Jenna em sua mesa, que lembrança “do precioso” você pode colocar em sua frente?

II. O banco foi chutado de debaixo dos meus pés e a corda acudiu ao redor do meu pescoço tempo o suficiente para me lembrar do que realmente importa. Foi uma palmada divina, uma graciosa batida na cabeça, uma misericórdia severa.

    D. O que significa uma “misericórdia severa?” Você já experimentou uma “misericórdia severa”, “uma palmada divina?” O que aconteceu? Como isso o mudou?

    E. Em cada um dos casos seguintes, como foi dada uma “palmada divina”: Jonas (Jonas 1-4); Zacarias (Lucas 1:5-25, 57-80); Paulo (II Coríntios 12:7-10)? Que benefícios vieram de cada um?

    F. Como podemos aprender a responder às dificuldades como misericórdias severas ao invés de deixá-las nos derrotar?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Vitória sobre o temperamento

Trinta e sete anos de idade. Magro, quase frágil. Ficando calvo e de óculos. Um entusiasta da eletrônica. Obediente à lei e cansado. Certamente não é uma descrição que você faria de um vigilante.

Mas isso não incomodou o público americano. Quando Bernhard Hugo Goetz alvejou quatro pessoas que pretendiam realizar um assalto em um metrô de Nova Iorque, ele imediatamente tornou-se um herói.

Não é difícil ver por quê.

Bernhard Goetz foi uma fantasia americana que se tornou realidade. Ele fez o que todo cidadão quer fazer. Ele reagiu. Ele “deu um chute no nariz do meliante”. Ele “agarrou o adversário pela cabeça”.

Este modesto herói incorporou uma raiva de âmbito nacional, até de âmbito mundial: uma paixão por vingança. As pessoas estão loucas. As pessoas estão bravas. Há uma fúria em ebulição, reprimida que nos leva a brindar um homem que intrepidamente (ou medrosamente) diz, “Não vou tolerar mais isto!” e então sai com uma pistola ardente em cada mão.

Estamos cansados. Estamos cansados de sermos intimidados, atormentados e amedrontados. Estamos cansados de assassinos em série, estupradores e assassinos de aluguel.

Estamos furiosos com alguém, mas não sabemos quem. Estamos assustados com algumas coisas, mas não sabemos o quê. Queremos reagir, mas não sabemos como. E então, quando um Wyatt Earp dos dias atuais entra em cena, nós o aplaudimos. Ele está falando por nós! “Caçador de criminosos, é assim que se faz!”

Ou é? É realmente assim que se faz? Vamos pensar sobre a nossa raiva por um minuto.

Raiva. É uma emoção característica, mas previsível. Começa como uma gota d’água. Uma chateação. Uma frustração. Nada grande. Somente uma irritação. Alguém pega a sua vaga no estacionamento. Alguém pára na sua frente na auto-estrada. Uma garçonete está devagar e você está com pressa. A torrada queima. Gotas d’água. Pingam. Pingam. Pingam. Pingam.

Porém, esteja farto destas gotas de raiva aparentemente inocentes e em pouco tempo você tem um balde cheio de raiva. Vingança ambulante. Amargura cega. Ódio fixo. Não confiamos em ninguém, mostramos os dentes para qualquer pessoa que chega perto. Nós nos tornamos bombas de ação retardada ambulantes que, com a tensão e o medo adequados, poderia explodir como o Sr. Goetz.

Agora, isso é maneira de se viver? Que bem o ódio já trouxe? Que esperança a raiva já criou? Que problemas já foram resolvidos pela vingança?

Então, o que fazemos? Não podemos negar que nossa raiva existe. Como a controlamos? Uma boa opção é encontrada em Lucas 23:24. Aqui, Jesus fala sobre a multidão que o matou. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Você já quis saber como Jesus impediu a vingança? Você já perguntou como Ele manteve o controle? Aqui está a resposta. É a segunda parte da sua declaração: ”pois não sabem o que estão fazendo”. Olhe atentamente. É como se Jesus considerasse esta multidão sedenta por sangue, faminta por morte não como assassinos, mas como vítimas. Como se Ele os considerasse não como uma multidão militante mas, como Ele colocou, como “ovelha sem um pastor”.

“Não sabem o que estão fazendo”.

E ao passo que você pensa nisso, eles não pensam. Eles não têm a mais vaga idéia do que eles estavam fazendo. Eles eram uma multidão louca por comoção, furiosa com alguma coisa que eles não conseguiam enxergar, então eles descontaram isso em, de todas as pessoas, Deus. Mas eles não sabiam o que estavam fazendo.

E na maioria das vezes, nem nós sabemos. Ainda estamos, por mais que odiemos admitir isso, sem pastor. Tudo o que sabemos é que nascemos sem uma eternidade e estamos assustadoramente perto de outra. Brincamos de etiqueta com as indistintas realidades de morte e dor. Não conseguimos responder nossas próprias perguntas sobre amor e mágoa. Não conseguimos nos manter fora da guerra. Não conseguimos nem nos manter alimentados.

Paulo falou pela humanidade quando confessou, “Não sei o que estou fazendo.”1

Agora, eu sei que isso não justifica nada. Isso não justifica motoristas que batem e fogem ou camelôs de pornografia infantil ou traficantes de heroína. Mas ajuda a explicar por que eles fazem as coisas desprezíveis que fazem.

Meu ponto é: a raiva incontrolável não irá melhorar o seu mundo, mas a compreensão solidária irá.

Uma vez que enxergamos o mundo e nós mesmos como somos, podemos ajudar. Uma vez que nos entendemos, começamos a agir não a partir de uma postura de raiva, mas de compaixão e de preocupação. Olhamos para o mundo não com olhares carrancudos amargos, mas com mãos estendidas. Percebemos que as luzes estão apagadas e que muitas pessoas estão tropeçando na escuridão. Então acendemos as velas.

Como Michelangelo disse, “Nós criticamos criando.” Ao invés de reagirmos, nós ajudamos. Nós vamos aos guetos. Nós ensinamos nas escolas. Nós criamos hospitais e ajudamos os órfãos… e guardamos nossas armas de fogo.

“Não sabem o que estão fazendo”.

Há algo a respeito de compreensão do mundo que nos faz querer salvá-lo, até morrer por ele.

Raiva? A raiva nunca fez bem a ninguém. Compreensão? Bem, os resultados não são tão rápidos quanto a bala do vigilante, mas certamente são muito mais construtivos.

1 Romanos 7:15, paráfrase do autor.

Guia de estudo

I. Raiva. É uma emoção característica, mas previsível. Começa como uma gota d’água… Porém, esteja farto destas gotas de raiva aparentemente inocentes e em pouco tempo você tem um balde cheio de raiva… Nós nos tornamos bombas de ação retardada ambulantes que, com a tensão e o medo adequados, poderia explodir como o Sr. Goetz.

    A. Quão “grave” pecado é a raiva, considerando Gálatas 5:19-21?

    B. De acordo com estas passagens, o que tipicamente acompanha a raiva: Provérbios 14:17, 29; Eclesiastes 7:9; Tiago 1:19-20? O que estas passagens indicariam como antídotos para a raiva? Em vista destas passagens, você diria que “contar até dez” tem algum valor?

II. A raiva incontrolável não irá melhorar o seu mundo, mas a compreensão solidária irá. Uma vez que enxergamos o mundo e nós mesmos como somos, podemos ajudar.

    C. O que te faz ficar com raiva? Você já ficou com raiva incontrolavelmente? Como você se sente? O que o ajuda a controlar sua raiva?

    D. Quando Estevão foi apedrejado até a morte, ele pronunciou uma declaração parecida com a de Jesus. Leia Atos 6:8-15 e 7:54-8:1. Que paralelos há entre o caráter de Jesus e de Estevão? Como suas palavras em suas mortes afetaram as pessoas que estavam em volta deles?

    E. Goetz se preparou para uma situação que o deixou com raiva carregando uma arma de fogo. Com que “armas” você poderia se armar para você ser capaz de lidar com uma situação difícil com compreensão ao invés de raiva?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

A derrota da língua

A insensibilidade faz a ferida curar devagar. Se alguém fere seus sentimentos intencionalmente você sabe como reagir. Você sabe a fonte da dor. Mas se alguém acidentalmente machuca sua alma, é difícil saber como responder.

Alguém no trabalho critica o novo chefe que também casualmente é seu querido amigo. “Ah, desculpe-me – esqueci que vocês dois eram tão próximos.”

Uma piada é contada em uma festa sobre pessoas muito gordas. Você está muito gordo. Você ouve a piada. Você sorri educadamente enquanto seu coração afunda.

O que era para ser uma situação para uma decisão ou uma ação torna-se um ataque pessoal. “Você tem uma história de decisões medíocres, John.”

Alguém escolhe lavar sua roupa suja em público. “Sue, é verdade que você e Jim estão separados?”

Comentários insensíveis. Pensamentos que deveriam ter permanecido pensamentos. Sentimentos que não eram da conta de ninguém sendo discutidos. Opiniões atiradas sem cuidado como uma granada na multidão.

E se você fosse falar com a pessoa que lançou esses dardos descuidados a respeito da dor que causaram, a sua resposta seria, “Ah, mas eu não tinha intenção… eu não percebi que você era tão sensível!” ou “Esqueci que você estava aqui.”

Listado debaixo do título de subterfúgio, está o veneno da insensibilidade. É chamado subterfúgio porque é muito sutil. Somente um descuido da língua. Somente uma lacuna na memória. Ninguém é culpado. Nenhum dano foi causado.

Talvez. E, talvez não. Enquanto os inocentes agressores continuam seu caminho desculpando-se por coisas feitas sem intenção de magoar, uma alma ferida é deixada no pó, completamente confusa. “Se ninguém pretendia me ferir, por que eu sinto uma dor tão grande?”

A Palavra de Deus possui um forte remédio para aqueles que movimentam suas línguas sem cuidado.

Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniqüidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno.1

Quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento.2

Quem guarda a sua boca guarda a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando.3

Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato.4

A mensagem é clara: Quem se atreve chamar-se de embaixador de Deus não pode ter o luxo de palavras inúteis. Desculpas como “eu não sabia que você estava aqui” ou “Não percebi que isso era tão melindroso” são levianas quando vêm daqueles que dizem ser seguidores e imitadores do Grande Médico. Temos uma responsabilidade aumentada de guardar nossas línguas.

Estes passos práticos expurgarão as palavras descuidadas de sua fala.

    1. Nunca conte piadas que difamam.

    2. Nunca critique em público a menos que você: já tenha expressado seu desapontamento com a outra pessoa em particular, já tenha levado alguém com você para discutir o motivo da queixa com a pessoa, e está absolutamente convencido que a repreensão pública é necessária e irá ajudar.

    3. Nunca diga nada a respeito de alguém em sua ausência que você não diria na sua presença.

Calúnias insensíveis podem ser acidentes, mas não são perdoáveis.

1Tiago 3:6
2Provérbios 21:23
3Provérbios 13:3
4Provérbios 10:19

Guia de estudo

I. Se alguém fere seus sentimentos intencionalmente você sabe como reagir. Você sabe a fonte da dor. Mas se alguém acidentalmente machuca sua alma, é difícil saber como responder.

    A. Como você reage se alguém intencionalmente ataca você ou sua família ou seus amigos? Como você reage se alguém acidentalmente o machuca? Você recebe ou ignora? Você consegue menosprezar ou a dor persiste?

    B. Que sabedoria os seguintes versículos proporcionam sobre reação a insultos, intencionais ou não: Provérbios 19:11; Eclesiastes 7:21-22; Lucas 11:4; Lucas 17:3-4; e I Coríntios 4:12-13?

II. Quem se atreve chamar-se de embaixador de Deus não pode ter o luxo de palavras inúteis.

    A. Dê um exemplo de um caso no qual você acidentalmente machucou alguém por algo que você disse.

    B. Leia Mateus 12:33-37. O que quer dizer com palavras “inúteis”? O que esta passagem significa?

    C. Leia Provérbios 10:1-32. Que contraste há entre as palavras do perverso e as palavras do justo?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Vencendo suas batalhas espirituais

Em 1066, uma das batalhas mais decisivas na história foi travada. William, Duque de Normandia, ousou invadir a Inglaterra. Ele convictamente aproximou-se de seu temível adversário com sua arma secreta, uma invenção que daria uma margem a seu exército: um estribo1.

A Inglaterra, a pé, seria facilmente conquistada pelos normans, seguros em seus estribos. Porque eles tinham uma maneira de permanecer na batalha, eles foram vitoriosos.

No campo de batalha da tentação, os cristão devem assegurar-se da vitória. Nós temos uma maneira de permanecer na batalha. Jesus. Senhor do Céu. Vencedor da Morte. Ele é nossa arma secreta.

Triunfo sobre a tentação

Eu ainda rio quando penso na piada que ouvi sobre o administrador que teve uma pequena lição sobre pesca.

Parece que ele percebeu como este rapaz em particular chamado Sam constantemente pescava mais peixes que qualquer outra pessoa. Enquanto os outros pescavam apenas três ou quatro por dia, Sam sairia do lago com um bote cheio. Série após série estava sempre repleto de truta pescada recentemente.

O administrador, curioso, perguntou a Sam seu segredo. O pescador bem sucedido convidou o administrador a acompanha-lo e observar. Então, na manhã seguinte, os dois se encontraram na doca e partiram no bote de Sam. Quando chegaram no meio do lago, pararam o bote e o administrador sentou atrás para ver como aquilo era feito.

A abordagem de Sam era simples. Ele pegou um bastão de dinamite, acendeu, e jogou pro ar. A explosão balançou o lago, com tamanha força que os peixes mortos imediatamente começaram a vir à tona. Sam pegou uma rede e começou a juntá-los.

Bem, você pode imaginar a reação do administrador. Quando ele se recuperou do choque daquilo tudo, ele começou a gritar com Sam. “Você não pode fazer isso! Vou colocá-lo na cadeia, camarada! Você pagará por todos os seus erros!” Sam, enquanto isso, guardou sua rede e pegou outro bastão de dinamite. Acendeu e atirou no colo do administrador com estas palavras, “Você vai ficar sentado aí o dia inteiro reclamando ou vai pescar?”

O pobre administrador foi deixado com uma rápida decisão a tomar. Ele foi arrancado, em um segundo, de um observador a um participante. Uma dinamite de uma escolha deveria ser tomada e ser tomada rapidamente!

A vida é parecida com isso. São poucos os dias que passam sem que fiquemos frente a frente com uma decisão inevitável, imprevisto e sem convite. Como uma avalanche, estas decisões caem sobre nós sem aviso. Elas desorientam e perturbam. Rápido. Imediato. Inesperado. Sem conselho, sem estudo, sem recomendação. Pow! Inesperadamente você é lançado no ar de incerteza e apenas o instinto determinará se você cairá em pé.

Quer um bom exemplo? Olhe para três apóstolos no jardim. Dormindo profundamente. Cansados depois de uma refeição completa e de uma semana cheia, suas pálpebras muito pesadas, foram acordados por Jesus apenas para voltar a cair na terra dos sonhos. A última vez, entretanto, que eles foram acordados por Jesus para retinir espadas, acender tochas e falar em altas vozes.
“Lá está Ele!”

“Vamos pegá-lo!”

Um grito. Um beijo. Um arrastar de pés. Um pequeno conflito. Inesperadamente é hora de decisão. Sem tempo para aconchego. Sem tempo para oração. Sem tempo para meditar ou consultar os amigos. Decisão.

Pedro toma a sua. A espada é tirada. A orelha é arrancada. Jesus o repreende. E agora?

Marcos, que aparentemente era uma jovem testemunha ocular, escreveu estas palavras, “Então todos o abandonaram e fugiram.”2

Essa é uma maneira sutil de dizer que eles correram como ratos assustados. A única coisa que estava se movendo mais rápido que seus pés era a velocidade de suas pulsações. Todas aquelas palavras de fidelidade e compromisso foram deixadas para trás em uma nuvem de poeira.

Mas antes de darmos uma dura nesses seguidores de pés rápidos, olhemos para nós mesmos. Talvez você tenha estado no jardim de decisão algumas vezes. A sua lealdade alguma vez foi desafiada? Você alguma vez já passou por este alçapão do diabo?

Para o adolescente poderia ser um cigarro de maconha sendo passado pelo círculo. Para o homem de negócios poderia ser uma oferta para fazer um desconto “por baixo da mesa”. Para a esposa poderia ser uma chance para ela dar seus “dois dedos” de suculenta fofoca. Para o aluno poderia ser a oportunidade de aumentar sua nota olhando para o teste de seu amigo. Para o marido poderia significar um impulso de perder sua paciência com os gastos de sua esposa. Em um minuto estamos em um barco calmo em um lago conversando sobre pesca, no minuto seguinte temos um bastão de dinamite em nossas mãos.

Na maioria das vezes, o resultado final é catástrofe. Ao invés de tirar o estopim da bomba calmamente, deixamos explodir. Encontramo-nos fazendo exatamente o que detestamos. A criança em nós dá o bote, incontrolável e desenfreado, e o adulto em nós vai atrás balançando sua cabeça.

Agora, isso não precisa ser assim. Jesus não entrou em pânico. Ele, também, ouviu as espadas e viu os tacos, mas Ele não perdeu Sua cabeça. E era Sua cabeça que os romanos queriam!

Relendo a cena do jardim vemos porquê. Uma afirmação feita por nosso Mestre oferece duas ferramentas básicas para nos mantermos frios no calor de uma decisão. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação.”3

Tudo o que Jesus está dizendo é, “preste atenção”. Você conhece sua fraqueza. Você também conhece as situações nas quais sua fraqueza está mais vulnerável. Fique fora destas situações. Bancos traseiros. Hora avançada. Boates. Jogos de pôquer. Qualquer coisa que dê a Satanás um apoio para o pé em sua vida, fique longe disso. Preste atenção!

Segunda ferramenta: “Ore”. A oração não vai contar nada de novo a Deus. Não existe nem pecador nem santo que O surpreenderia. O que a oração faz é convidar Deus para andar na trilha escura da vida conosco. A oração pede a Deus para olhar adiante por árvores que caem e por pedregulhos que desabam e para ficar na retaguarda, nos escoltando contra os dardos venenosos do diabo.

“Vigiem e orem”. Bom conselho. Vamos aceitá-lo. Pode ser a diferença entre um dia tranqüilo no lago e um bastão de dinamite explodindo em nossas caras.

1 Peça de metal ou madeira em que cavaleiro firma o pé
2 Marcos 14:50
3 Marcos 14:38

Guia de estudo

Uma afirmação feita por nosso Mestre oferece duas ferramentas básicas para nos mantermos frios no calor de uma decisão. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação.”

  1. Você alguma vez já esteve em um “jardim de decisão”? De que maneira sua fidelidade foi desafiada? Quando você se depara repentinamente com uma decisão, como você tende a reagir?
  2. Como você reafirmaria as seguintes passagens em termos modernos: Provérbios 4:23-27; I Coríntios 16:13; I Pedro 5:8?
  3. É dito que o caráter de uma pessoa é revelado em momentos de crise. Que sugestões específicas você pode fazer para preparar antes da hora para que então um caráter como o de Cristo seja revelado em momentos de crise e de decisões inesperadas?
  4. Para que tentações específicas você está orando com relação a você mesmo? Para que decisões você está orando atualmente? Em quais outras áreas você pode querer convidar Deus para andar com você?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O Cristo compassivo

“E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles… e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” Marcos 6:34.

Quando Jesus desembarcou na praia de Betsaida, deixou o mar da Galiléia e caminhou para o mar da humanidade. Pense: Ele atravessara o mar para fugir às multidões. Ele anseia descansar com os seus seguidores. Ele precisa de qualquer coisa, menos de outra multidão de milhares para ensinar e curar.

Porém o seu amor pelas pessoas suplanta a sua necessidade de descanso…

Muitos daqueles a quem Ele curou nunca diriam “obrigado”, mas Ele os curou assim mesmo. Muitos estariam mais preocupados em ser saudáveis que santos, mas de qualquer modo, Ele os curou. Alguns daqueles que hoje pediram pão bradariam por seu sangue poucos meses mais tarde. Contudo, Ele os curou. Ele tinha compaixão daquela gente.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Um mundo sem pecado

“E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia ovelha viverão juntos.” Isaías 11:6.

Você pode imaginar um mundo sem pecado? Você fez alguma coisa recentemente por causa do pecado?

No mínimo, você reclamou. Você preocupou-se. Você murmurou. Você ajuntou, quando deveria ter partilhado. Você passou ao longe, quando deveria ter ajudado…

Por causa do pecado, você ralhou com alguém a quem ama, e discutiu com alguém a quem estima. Você sentiu-se envergonhado, culpado, amargurado.

O pecado tem causado milhares de ataques cardíacos e quebrado milhões de promessas. Sua inclinação pode ser traçada de volta ao pecado. Sua desconfiança pode ser rastreada de volta ao pecado. Fanatismo, roubo, adultério — tudo por causa do pecado. Mas no céu, tudo isso terminará.

Você pode imaginar um mundo sem pecado? Se pode, então pode imaginar o céu.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O único caminho

“Eu sou ocaminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” João 14:6.

Tolerância. Uma virtude apreciada em nossos dias. A habilidade de compreender aqueles de quem você difere é um sinal de sofisticação. Jesus também era um campeão de tolerância:

  • Tolerante com os discípulos quando estes duvidaram.
  • Tolerante com as multidões, quando o compreendiam mal.
  • Tolerante conosco, quando falhamos.

Contudo, existe uma área onde Jesus era intolerante. Uma área onde Ele era incomplacente e dogmático.

No que lhe dizia respeito, quando se tratava de salvação, não havia muitos meios – havia apenas um. Não havia muitos caminhos – havia apenas um. E o caminho é o próprio Jesus.

É por isso que é tão difícil para as pessoas acreditarem em Jesus. É bem mais fácil considerá-lo uma, dentre muitas opções, que considerá-lo a opção. Tal filosofia, porém, não é opção.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O ramo e a videira

“Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.” João 15:4.

Deus quer estar tão unido a nós quanto um ramo na videira. Um é a extensão do outro. É impossível dizer onde começa um e termina o outro. O ramo não é conectado apenas no momento de dar frutos. O jardineiro não mantém o ramo numa caixa, e então, no dia em que deseja uvas, gruda-o à videira. Não, o ramo constantemente retira nutrição da videira.

Deus também usa o templo para representar a intimidade que Ele deseja. “Ou não sabeis”, indaga Paulo, “que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente deDeus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6:19).

Medite um instante comigo a respeito do templo. Deus não vem e vai, aparece e desaparece. Ele é uma presença permanente, sempre disponível.

Que boa notícia inscrível para nós! Nunca estamos longe de Deus!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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