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Devocionais

4 princípios para uma vida satisfeita (3)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Aceite o perdão

    Enquanto Jesus subia o monte do Calvário, Judas subia outro monte – o monte do remorso.

    Ele andou por ele sozinho. Seu caminho era cheio de vergonha e dor. Sua paisagem era tão árida como sua alma. Espinhos de remorso rasgavam seus tornozelos e peles. Os lábios que haviam beijado um Rei foram estalados com dor. E sobre seus ombros ele carregava um fardo que arcava suas costas – seu próprio fracasso.

    Por que Judas traiu seu Mestre realmente não é importante. Se foi motivado por raiva ou ganância, o resultado final foi o mesmo – remorso.

    Há poucos anos atrás visitei a Suprema Corte. Quando sentei na sala de visitas, observei o esplendor da cena. O chefe de justiça estava acompanhado por seus colegas. Vestido em honra, eles estavam no ápice da justiça. Eles representavam os esforços de incontáveis mentes através de milhares de décadas. Aqui estava o melhor esforço do homem para lidar com seus próprios fracassos.

    Que inútil seria, pensei comigo mesmo, se eu me aproximasse do banco e solicitasse perdão por meus erros. Perdão por responder para minha professora da quinta série. Perdão por ser desleal a meus amigos. Perdão por dizer “Não vou” domingo e “Vou” segunda. Perdão pelas incontáveis horas que eu passei perambulando nas sarjetas da sociedade.

    Seria inútil porque o juiz não poderia fazer nada. Talvez alguns dias na prisão para abrandar minha culpa, mas perdão? Não era dele para que desse. Talvez seja isso por que muitos de nós passamos tantas horas no monte do remorso. Não temos encontrado uma maneira de nos perdoarmos.

    Então nos arrastamos monte acima. Aborrecidos, com os corações feridos lutando com erros não resolvidos. Suspiros de ansiedade. Lágrimas de frustração. Palavras de reflexão. Gemidos de dúvida. Para alguns, a dor está na superfície. Para outros, a dor está submersa, enterrada no substrato raramente tocado das más lembranças. Pais, amantes, profissionais. Alguns tentando esquecer, outros tentando lembrar, todos tentando estar à altura. Andamos silenciosamente em fila única com pernas de ferro de culpa. Paulo foi o homem que colocou a questão que está em todos os nossos lábios, “Quem me livrará do corpo desta morte?”1

    No final do caminho há duas árvores.

    Uma está enrugada e sem folhas. Ela está morta mas ainda está robusta. Sua casca se foi, deixando madeira lisa branca alvejada pelos anos. Os gravetos e os brotos não germinam mais, apenas galhos descobertos bifurcam do tronco. No mais forte desses galhos está amarrada uma corda de forca. Foi ali que Judas lidou com seu fracasso.

    Se Judas apenas tivesse olhado para a árvore adjacente. Ela também está morta; sua madeira também está lisa. Mas não há nenhum laço amarrado ao seu galho. Sem mais morte nesta árvore. Uma vez foi o suficiente. Uma morte por todas.

    Aqueles de nós que também traímos Jesus sabemos fazer melhor do que ser muito duros com Judas por escolher a árvore que ele escolheu. Pensar que Jesus realmente tiraria o fardo dos nossos ombros e tiraria os grilhões de nossas pernas depois de tudo que fizemos para Ele não é fácil de acreditar. Na verdade, precisa exatamente de tanta fé para crer que Jesus pode esquecer minhas traições quanto para crer que Ele ressuscitou dentre os mortos. Ambos são somente miraculosos.

    Que par estas duas árvores! A apenas alguns centímetros da árvore do desespero fica a árvore da esperança. A vida tão paradoxalmente perto da morte. Deus com um braço ao alcance da escuridão. Uma corda de forca e o protetor da vida movendo-se na mesma sombra.

    Mas aqui eles estão.

    Um não pode fazer nada, apenas ser um pouco atordoado pela inconcebivilidade de tudo isso. Por que Jesus subiu no monte mais árido da vida e esperou por mim com as mãos estendidas perfuradas com pregos? Ela foi chamada de uma “graça santa e louca”2. Um tipo de graça que não se apóia na lógica. Mas então suponho que a graça não tem que ser lógica. Se tivesse que ser, não seria graça.

    1Romanos 7:24
    2Frederick Buechner, The Sacred Journey, p. 52, Harper and Row, 1982.

    Guia de estudo

    Enquanto Jesus subia o monte do Calvário, Judas subia outro monte – o monte do remorso.

    1. Como você vê o caráter de Judas? Como ele poderia passar todo aquele tempo com Jesus e depois traí-lo? Por que ele se arrependeu de sua decisão tão rapidamente?
    2. Leia os seguintes relatos de Judas em João 12:4-6; Mateus 26:14-16; João 13:2; Mateus 26:17-30 e João 13:18-30. Que idéias eles dão a respeito de Judas?
    3. De que maneira os traços de Judas são comuns a todos nós em um grau ou outro?

    Precisa exatamente de tanta fé para crer que Jesus pode esquecer minhas traições quanto para crer que Ele ressuscitou dentre os mortos. Ambos são somente miraculosos.

    1. Qual é exatamente a primeira coisa que vem à mente quando você pensa nos milagres de Jesus? Alguma coisa nas épocas Bíblicas ou alguma coisa no presente? Nós tendemos a ver algum acontecimento do dia presente como tendo a importância dos milagres de Jesus enquanto Ele esteve na Terra? Jesus é um participante ativo ou passivo na sua vida?
    2. Que garantias as passagens seguintes proporcionam sobre a prontidão de Deus de perdoar até aqueles que traíram Seu Filho: Atos 2:22-47; Tiago 4:7-10; 1 João 1:9? Que bênçãos acompanham o perdão de Deus?
    3. Como você aconselharia alguém lutando para se perdoar de seus pecados? Que versículos você indicaria para ele?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • 4 princípios para uma vida satisfeita (2)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Conte suas bênçãos

    Ahhh… uma hora de contentamento. Um momento precioso de paz. Alguns poucos minutos de descanso. Cada um de nós tem um cenário em que o contentamento faz uma visita.

    De manhã cedo enquanto o café ainda está quente e todos estão dormindo.

    Tarde da noite quando você beija os olhos adormecidos do seu filho de seis anos.

    Em um barco em um lago quando as lembranças de uma vida bem vivida estão vivas.

    Nos braços de um cônjuge.

    Em um jantar de Ação de Graças ou sentado perto da árvore de Natal.

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos. Uma hora quando percebemos que o sangue suado de uma vida inteira não pode dar o que a cruz nos deu um dia – uma consciência limpa e um novo começo.

    Mas infelizmente, em nossas gaiolas de planos, disputas e olhares de relance para o lado, horas como estas são quase tão comuns quanto macacos de uma perna. Em nosso mundo, o contentamento é um estranho vendedor ambulante, perambulando, procurando por uma casa, mas raramente encontrando uma porta aberta. Este velho vendedor vai lentamente de casa em casa, dando batidas de leve nas janelas, batendo nas portas, oferecendo suas mercadorias: uma hora de paz, um sorriso de aprovação, um suspiro de alívio. Mas seus artigos raramente são pegos. Estamos muito ocupados para estarmos alegres. (o que é loucura, uma vez que a razão de nos matarmos hoje é porque pensamos que isso nos fará felizes amanhã).

    “Agora não, obrigado. Tenho muitas coisas para fazer”, nós dizemos. “Muitas marcas para serem feitas, muitas realizações para serem alcançadas, muitos dólares para serem poupados, muitas promoções para serem conseguidas. E, além disso, se estou feliz, alguém pode pensar que perdi minha ambição”.

    Então o vendedor ambulante que se chama Contentamento continua. Quando lhe perguntei por que tão poucos o acolheram em seus lares, sua resposta convenceu-me: “Eu cobro um alto preço, você sabe. Minha taxa é exorbitante. Peço para as pessoas negociarem em seus planos, frustrações e ansiedades. Exijo que elas coloquem uma tocha em seus dias de quatorze horas e noites sem dormir. Você pensaria que eu teria mais compradores.” Ele coçou sua barba, depois acrescentou pensativamente, “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça.”

    Posso falar uma coisa um pouco pessoal? Gostaria de dar um testemunho. Eu vivi um. Estou aqui para contar que eu acolhi este amigo barbudo em minha sala de estar esta manhã.

    Não foi fácil.

    Minha lista de tarefas estava, a maior parte, inacabada. Minhas responsabilidades estavam tão pesadas como sempre. Telefonemas a serem feitos. Cartas a serem escritas. Livros de controle para fazer o balanço.

    Mas uma coisa engraçada aconteceu no caminho para a corrida de rato que fez com que eu cometesse um lapso. Bem quando eu enrolei minhas mangas, bem quando o velho motor estava começando a ronronar, bem quando eu estava levantando um bom vapor, minha filha que é bebê, Jenna, precisava ser pega no colo. Ela estava com dor de estômago. A Mamãe estava no banho, então sobrou para o Papai segurá-la.

    Ela tem três semanas de idade agora. Primeiro comecei tentando fazer coisas com uma mão e segurá-la com a outra. Você está rindo. Você tentou isso também? Bem quando percebi que aquilo era impossível, também percebi que não era nada daquilo que eu estava querendo fazer.

    Sentei e coloquei sua pequena barriga esticada contra meu peito. Ela começou a relaxar. Um grande suspiro escapou de seus pulmões. Seus soluços tornaram-se gorgolejos. Ela escorregou para baixo pelo meu peito até seu pequeno ouvido estar bem em cima do meu coração. Foi quando seus braços se afrouxaram e ela adormeceu.

    E foi quando o vendedor ambulante bateu em minha porta.

    Tchau, planos. Até mais tarde, rotina. Vote amanhã, prazos finais… Oi Contentamento, entre.

    Então aqui sentamos, Contentamento, minha filha e eu. Caneta na mão, bloco de notas nas costas de Jenna. Ela nunca se lembrará deste momento e eu nunca o esquecerei. O doce perfume de um momento capturado enche a sala. O sabor de uma oportunidade aproveitada adoça minha boca. A luz do sol de uma lição aprendida ilumina meu entendimento. Este é um momento que não vai embora.

    As tarefas? Elas serão feitas. Os telefonemas? Eles serão dados. As cartas? Elas serão escritas. E você sabe de uma coisa? Eles serão feitos com um sorriso.

    Não faço isto o suficiente, mas farei mais. Na verdade, estou pensando em dar uma chave da minha porta para esse vendedor ambulante. “A propósito, Contentamento, o que você fará esta tarde?”

    Guia de estudo

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos.

    1. Como você definiria contentamento? Como ela é diferente de alegria? O que é necessário para ser contente?
    2. Leia Filipenses 4:11-13 onde Paulo diz que encontrou o segredo para o contentamento. Qual era o segredo? Em que tipo de circunstâncias Paulo esteve, segundo 2 Coríntios 11:23-28?
    3. Quão raro é o contentamento? Que palavras melhor descreveriam a maioria de nós normalmente: preocupados, ocupados, frustrados, cansados, ansiosos, desencorajados – ou sossegados, serenos, contentes, alegres, relaxados? Que conselho Paulo nos daria para aumentar nosso contentamento?

    “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça”.

    1. De que maneira essa é uma afirmação verdadeira para muitas pessoas? O que faz o estresse e a pressão uma marca virtual de sucesso?
    2. De acordo com Lucas 12:22-34, quais devem ser as marcas de nossas vidas em Cristo? A que Jesus nos compara? A que nós comparamos nossas vidas – uma corrida de rato, nado com os tubarões? Que contrastes são evidentes?
    3. O que sua saúde física lhe diz sobre sua sensação de paz e contentamento? O que ela diz sobre seu nível de preocupação? Até que ponto você está remendando às pressas os sintomas ao invés de ir direto ao problema?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • 4 princípios para uma vida satisfeita (1)

    Satisfeita. Que palavra! Quatro simples sílabas e ainda assim tão indefinível para nossos corações impacientes e cansados. Quem entre nós não ansiou por algo mesmo com uma fraca semelhança de realização em nosso mundo “o-que-você-tem-feito-por-mim-ultimamente”, exigente e frenético?

    Satisfeita é uma palavra formidável – o único problema é encontrá-la. Ah, podemos abrir um dicionário e “encontrar” é bem fácil, bem ali, entre “satirizar” e “saturabilidade”… mas a artimanha é ir além do dicionário e encontrá-la nas páginas de nossas vidas.

    A verdade é que uma vida satisfeita está bem dentro do alcance de alguém com fome o suficiente para devorar os quatro princípios deste estudo. Se você quer realização, se o seu coração implora por uma profunda satisfação, então tire alguns momentos sem pressa para ver os princípios que dão vida que se seguem. Seu coração o agradecerá por isso.

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Encontre alegria no que é usual

    Jogamos todos os jogos que conhecíamos. Corremos para cima e para baixo da sala. Brincamos de “esconde-esconde” atrás do sofá. Batemos a bola de praia nas cabeças dos outros. Brigamos, tocamos refrões e dançamos. Era uma noite importante para Mamãe, Papai e a pequena Jenna. Nos divertimos tanto que ignoramos a hora de dormir e de desligar a TV. E se não fizesse um temporal, quem sabe até que horas teríamos brincado.

    Mas fez um temporal. A chuva tamborilava, depois diminuía, depois batia contra as janelas. Os ventos rugiam vindos do Atlântico e jorravam através das montanhas que estavam próximas com tanta força que acabou toda a energia. O vale adjacente atuou como funil, esguichando vento para a cidade.

    Todos nós entramos no quarto e deitamos na cama. Na escuridão ouvimos a orquestra divina. A eletricidade dançava no céu como uma batuta do regente chamando os graves tambores do trovão.

    Eu senti isso quando estávamos deitados na cama. Ele passou por mim misturado com a doce fragrância da chuva fresca. Minha esposa estava deitada silenciosamente ao meu lado. Jenna estava usando minha barriga como seu travesseiro. Ela, também, estava quieta. Nossa segunda filha, faltando apenas um mês para nascer, descansava dentro do útero de sua mãe. Eles devem ter sentido isso, mas ninguém falou. Ele entrou em nossa presença como se fosse apresentado pelo próprio Deus. E ninguém ousou se mexer com medo de que ele fosse embora prematuramente.

    O que era isso? Um instante eterno.

    Um instante no tempo que não tinha tempo. Um retrato que congelou no meio da moldura, exigindo ser saboreado. Um minuto que recusava extinguir-se depois de sessenta segundos. Um momento que decolou da linha do tempo e foi amplificado para sempre a fim de que todos os anjos pudessem testemunhar sua majestade.

    Um instante eterno.

    Um momento que o lembra dos tesouros que estão à sua volta. Seu lar. Sua paz de espírito. Sua saúde. Um momento que delicadamente o repreende por passar tempo demais com preocupações temporárias como poupanças, casas e pontualidade. Um momento que pode trazer uma neblina para os olhos mais viris e perspectiva para a vida mais escura.

    Instantes eternos têm colocado um ponto na história.

    Foi um instante eterno quando o Criador sorriu e disse, “Está bom”. Foi um instante eterno quando Abraão suplicou por misericórdia ao Deus de misericórdia, “Mas se houver apenas dez justos”. Foi um instante sem tempo quando Noé abriu a escotilha ensopada de chuva e respirou o ar limpo. E foi um momento na “plenitude do tempo” quando um carpinteiro, alguns pastores malcheirosos e uma mãe jovem e exausta ficaram em silencioso temor respeitoso à vista do bebê na manjedoura.

    Instantes eternos. Você os teve. Todos nós temos.

    Dividir um balanço na varanda em uma noite de verão com seu neto.

    Ver o rosto dela no brilho da vela.

    Colocar sua mão na mão de seu marido enquanto vocês dão uma volta no meio de folhas douradas e respiram o ar vigoroso do outono.

    Ouvir seu filho de seis anos agradecer a Deus por tudo desde o peixe dourado até a Vovó.

    Tais momentos são necessários porque eles nos lembram que tudo está bem. O Rei ainda está no trono e a vida ainda vale a pena ser vivida. Instantes eternos nos lembram que o amor ainda é a maior posse e o futuro não é algo temível.

    Da próxima vez que um instante na sua vida começar a ser eterno, deixe que seja. Coloque sua cabeça no travesseiro e a descanse. Resista o impulso de encurtá-lo. Não interrompa o silêncio ou destrua a solenidade. Você está, de uma maneira muito especial, em terra santa.

    Guia de estudo

    Um instante eterno. Um momento que o lembra dos tesouros que estão a sua volta. Seu lar. Sua paz de espírito. Sua saúde.

    1. Descreva um “instante eterno” que você teve de experiência. Quais eram as circunstâncias? Qual foi o impacto?
    2. De acordo com as seguintes passagens, quais são alguns dos tesouros que nós temos na Terra: Salmos 127:3-5; Salmos 128:1-6; Provérbios 31:10-12; Provérbios 19:14?
    3. Segundo estes exemplos, enquanto Jesus estava na Terra, o que Ele fez para ficar focado no que era importante: Mateus 14:22-23; Marcos 1:35; Lucas 5:15-16; Lucas 9:18?
    4. De que maneira nosso estilo de vida age contra “instantes eternos”? O que poderíamos fazer para criar mais oportunidades para estes momentos especiais? O que você poderia fazer esta semana com sua família – terrena ou espiritual – que o lembraria o que é uma família abençoada?

    Instantes eternos nos lembram que o amor ainda é a maior posse e o futuro não é algo temível.

    1. O que faz o futuro parecer temível? Você espera que os próximos dez anos sejam mais difíceis do que os últimos dez? Você olha em direção à virada do século com esperança ou angústia?
    2. Leia Salmos 103; 2 Timóteo 2:11-13 e Hebreus 10:19-25. Quem pode encarar o futuro com confiança?
    3. De acordo com estas passagens, por que podemos nos sentir seguros quanto ao futuro: Salmos 27:1-5; Salmos 121; Isaías 54:10?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • As origens da raiva

    “O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e se sentiu rejeitado” (Gênesis 4:4-5 – tradução livre) (ênfase do Max).

    Interessante. Este é o primeiro aparecimento da raiva na Bíblia. Ela vai aparecer inesperadamente algumas quatrocentas vezes mais entre aqui e os mapas atrás, mas aqui é o primeiro momento. Ela pára no meio-fio e sai do carro, e olhe quem está no banco da frente com ela – a rejeição. Raiva e rejeição na mesma frase.

    Não é a única vez que o par tem lugar nas Escrituras. A raiva queima várias páginas. E mais de uma vez a rejeição é acusada do incêndio premeditado.

    Os filhos de Jacó foram rejeitados por seu pai. Ele mimou José e os negligenciou. O resultado? Os irmãos ficaram com raiva. “Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gênesis 37:4 – NVI).

    Saul foi rejeitado por seu povo. Em escolher heróis, eles escolheram o ruivo Davi ao invés do rei nomeado. O resultado? Saul foi censurado. “As mulheres dançavam e cantavam: Saul matou milhares, e Davi, dezenas de milhares. Saul ficou muito irritado” (1 Samuel 18:7-8 – NVI).

    O trabalho de Davi foi rejeitado por Deus. Seu plano de transportar a arca da aliança em carroça não agradou o Pai. E quando Uzá tocou o que não deveria ter tocado, “Deus o feriu, e ele morreu” (2 Samuel 6:7 – NVI). Antes de Davi ficar com medo, ele se irritou. “Davi ficou contrariado porque o Senhor, em sua ira, havia fulminado Uzá” (2 Samuel 6:8 – NVI).

    E Jonas. O camarada que teve um problema do tamanho de uma baleia por causa da raiva. (Desculpe, não pude resistir). Ele não achava que os ninivitas fossem merecedores de misericórdia, mas Deus achava. Por perdoá-los, Deus rejeitou a opinião de Jonas. E como a rejeição fez Jonas se sentir? “Jonas, porém, ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se” (Jonas 4:1 – NVI).

    Eu não quero simplificar demais uma emoção complexa. A raiva tem muitas causas: impaciência, expectativas que não se realizaram, estres, árbitros que não podem ver obstrução mesmo se você o retratasse nas portas de suas garagens – oops, desculpe, um flashback de um jogo de futebol americano do colégio. O fogo da raiva tem muitos troncos, mas segundo relatos bíblicos, o bloco de madeira mais quente e mais grosso é a rejeição.

    Se a rejeição causa a raiva, a aceitação não a curaria?

    Se a rejeição do céu faz você ficar bravo com os outros, a aceitação do céu não comoveria o seu amor por eles? Este é o princípio 7:47. Lembra o versículo? “Aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Lucas 7:47). Podemos substituir a palavra perdoado por aceito e manter a integridade da passagem. “Aquele que é pouco aceito, pouco ama”. Se pensarmos que Deus é cruel e injusto, adivinhe como vamos tratar as pessoas. Cruel e injustamente. Mas se descobrirmos que Deus nos encharcou com amor incondicional, faria diferença?

    Podemos aprender uma lição com T. D. Terry. Há muitos anos atrás, um trabalho estressante o causava ataques de raiva diários. Sua filha, ao ouvir contá-los anos mais tarde, reagiu com surpresa. “Eu não me lembro de nenhuma raiva durante esses anos”.

    Ele perguntou se ela se lembrava da árvore – aquela que ficava perto da entrada mais ou menos metade do caminho entre o portão e a casa. “Lembra como ela era alta? Depois perdeu alguns galhos? E depois de algum tempo não havia nada mais que um toco?”

    Ela lembrava.

    “Era eu,” T. D. explicou. “Eu descontava minha raiva na árvore. Eu a chutava. Eu levava um machado até ela. Eu cortava os galhos. Eu não queria chegar em casa furioso, então deixava minha raiva na árvore.”

    Vamos fazer o mesmo. Na verdade, vamos um passo mais adiante. Melhor do que descontar nossa raiva em uma árvore no jardim, vamos descontar nossa raiva na árvore do monte. Deixe sua raiva no monte do Calvário. Quando outras pessoas o rejeitarem, deixe Deus aceitá-lo. Ele canta sobre você. Beba um grande gole do Seu amor ilimitado, e acalme-se.

    “O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e se sentiu rejeitado” (Gênesis 4:4-5)

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Um bom pai está “lá” para seus filhos

    “Quando chego em casa na volta do trabalho e vejo aqueles pequenos narizes apertados contra a vidraça, então sei que sou um sucesso.” Paul Faulkner –

    Hoje é Dia dos Pais. Um dia de água de colônia. Um dia de abraços, gravatas novas, telefonemas de longa distância e cartões Hallmark.

    Hoje é meu primeiro Dia dos Pais sem um pai. Por trinta e um anos eu tive um. Tive um dos melhores. Mas agora ele se foi. Ele está enterrado sob um carvalho em um cemitério no oeste do Texas. Mesmo que ele tenha ido, sua presença está muito próxima – especialmente hoje.

    Parece estranho ele não estar aqui. Acho que é porque ele nunca estava ausente. Ele sempre estava por perto. Sempre disponível. Sempre presente. Suas palavras não eram nada novo. Suas realizações, embora admiráveis, não eram nada extraordinárias.

    Mas sua presença era.

    Como uma fogueira quente em uma casa grande, ela era uma fonte de conforto. Como um balanço firme do pórtico ou uma árvore com galho grande no quintal, ele sempre podia ser achado… e deitar nele.

    Durante os turbulentos anos da minha adolescência, Papai foi uma parte da minha vida que era previsível. Namoradas vieram e namoradas foram, mas Papai estava lá.

    Temporada de futebol americano transformava-se em temporada de baseball e transformava-se novamente em temporada de futebol e Papai sempre estava lá. Férias de verão, dias de ir para casa, álgebra, primeiro carro, entrada para carro, basquete – todos eles tinham uma coisa em comum: a presença dele.

    E por ele estar lá, a vida passava suavemente. O carro sempre funcionava, as contas eram pagas, e o gramado estava cortado. Porque ele estava lá, a risada era nova e o futuro era seguro. Por ele estar lá, meu crescimento foi como Deus planejou que fosse um crescimento: uma corrida de livro de contos através da magia e mistério do mundo.

    E por ele estar lá, nós crianças nunca nos preocupamos com coisas como imposto de renda, poupanças, contas mensais ou hipotecas. Essas eram coisas na mesa do Papai.

    Temos muitas fotos de família sem ele. Não porque ele não estivesse lá, mas porque ele sempre estava atrás da câmera.

    Ele tomava as decisões, dissolvia as brigas, ria assistindo Archie Bunker, lia o jornal todas as noites e preparava o café da manhã aos domingos. Ele não fazia nada fora do comum. Ele apenas fazia o que implica que os pais façam: estar lá.

    Ele me ensinou como me barbear e como orar. Ele me ajudou a decorar versículos para a Escola Dominical e me ensinou que o errado devia ser punido e que o certo tem sua própria recompensa. Ele era exemplo da importância de acordar cedo e ficar sem dívidas. Sua vida expressou o equilíbrio indefinível entre ambição e auto-aceitação.

    Ele me vem à mente freqüentemente. Quando cheiro pós-barba “Old Spice”, penso nele. Quando vejo um barco de pesca, vejo seu rosto. E ocasionalmente, não muito freqüentemente, mas ocasionalmente, quando ouço uma boa piada (tipo o Red Skelton contaria), eu o ouço dar risada. Ele tinha uma risada registrada que sempre vinha com um enorme sorriso e sobrancelhas arqueadas.

    Papai nunca me disse nada sobre sexo nem me contou sua história de vida. Mas eu sabia que se alguma vez eu quisesse saber, ele me contaria. Tudo que eu precisaria fazer era perguntar. E eu sabia que se alguma vez eu precisasse dele, ele estaria lá.

    Como uma lareira quente.

    Talvez seja por isso que este Dia dos Pais está um pouco frio. O fogo foi embora. Os ventos da idade tragaram a última chama esplêndida, deixando apenas brasas douradas. Mas há algo estranho a respeito dessas brasas, movimente-as um pouco e uma chama dançará. Ela dançará só transitoriamente, mas dançará. E ela eliminará o frio suficiente do ar para me lembrar que ele ainda está, de um modo muito especial, muito presente.

    Guia de estudo

    1. Parece estranho ele não estar aqui. Acho que é porque ele nunca estava ausente. Ele sempre estava por perto. Sempre disponível.
      • Que imagens vêm à mente quando você pensa no seu pai? Que palavras você usaria para descrevê-lo como um pai?
      • Que papéis dados por Deus os pais devem representar nas vidas de seus filhos?
      • O que estas passagens revelam: Deuteronômio 6:4-9; Salmos 78:1-8; Provérbios 3:11-12; Provérbios 13:24; Efésios 6:4; 1 Timóteo 3:1-5; 1 Timóteo 5:8?
      • Para cumprir essas finalidades, quais os três fatores que seriam mais críticos?
      • Que influências positivas o seu pai teve em sua vida? Se ele ainda estiver vivo, como você pode expressar seu agradecimento a ele por essas coisas? Se ele não estiver vivo, para quem você pode passar essas bênçãos?

    2. Ele ainda está, de um modo muito especial, muito presente.
      • Se você perdeu pai ou mãe ou algum outro membro próximo da família, de que maneira essa pessoa ainda está muito presente com você?
      • O que a sua família faz para manter viva a memória do amado? O que faz essas lembranças mais alegres do que tristes?
      • Por que você acha que Deus Se descreve como nosso pai? Que características paternas você vê nestas passagens: Isaías 64:8; Mateus 7:11; Mateus 10:29-31; 2 Tessalonicenses 2:1-17?
      • Como sua fé afeta sua aceitação da morte de uma pessoa amada?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    O amor é paciente

    “O amor é paciente…” 1 Coríntios 13:4.

    A palavra grega usada aqui para paciente significa “levando um longo tempo para ferver.”

    Imagine uma panela de água fervente. A água ferve rapidamente quando a chama é alta. Ferve lentamente quando a chama é baixa. A paciência “mantém o bico de gás baixo.”

    A paciência não é ingenuidade. Não ignora mau comportamento. Ela somente mantém a chama baixa. E espera. Escuta.

    É assim que Deus nos trata. E, de acordo com Jesus, é assim que devemos tratar os outros.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    O Deus dos que estão com o coração partido

    A névoa do coração partido. É uma névoa escura que dissimuladamente aprisiona a alma e aparta a fuga fácil. É uma neblina silenciosa que ofusca o sol e chama a escuridão. É a nuvem pesada que não honra hora nem respeita pessoa. Depressão, desencorajamento, desapontamento, dúvida… todos são companhias desta horrível presença.

    A névoa do coração partido desorienta nossa vida. Ela faz com que ver a estrada seja difícil. Ofusque suas luzes. Limpe o pára-brisa. Diminua a velocidade. Faça o que você quiser, nada ajuda. Quando esta névoa nos cerca, nossa visão é bloqueada e o dia de amanhã está longe para sempre. Quando esta escuridão nos cobre, as palavras mais sérias de ajuda e de esperança são frases vagas.

    Se você alguma vez foi traído por um amigo, você sabe o que eu quero dizer. Se você alguma vez foi largado por um cônjuge ou abandonado pelo pai ou pela mãe, você viu esta névoa. Se você alguma vez colocou uma pá com terra no caixão de uma pessoa amada ou manteve vigília ao lado de uma pessoa querida, você também reconhece esta nuvem.

    Se você já esteve nesta névoa, ou está agora, pode ter certeza de uma coisa – você não está só. Até os capitães dos mares mais salgados perderam seus rumos por causa do aparecimento desta nuvem indesejável. Como o comediante disse, “Se corações partidos fossem comerciais, todos nós estaríamos na TV.”

    Pense nos últimos dois ou três meses. Quantas pessoas com o coração partido você encontrou? Quantas almas feridas você atestou? Sobre quantas histórias de tragédia você leu?

    A mulher que perdeu seu marido e filho em uma estranha destruição do carro.

    A encantadora mãe de três filhos que foi abandonada por seu marido.

    A criança que foi atingida e morta por um caminhão de lixo que passava quando ela descia do ônibus escolar. Sua mãe, que estava esperando por ela, assistiu à tragédia.

    Os pais que encontraram seu filho adolescente morto na mata atrás de sua casa. Ele se enforcou em uma árvore com seu próprio cinto.

    A lista continua mais e mais, não é? Tragédias nebulosas. Como elas cegam nossa visão e destróem nossos sonhos! Esqueça quaisquer expectativas grandiosas de alcançar o mundo. Esqueça quaisquer planos de mudar a sociedade. Esqueça quaisquer aspirações de mover montanhas. Esqueça tudo. Apenas me ajude a atravessar a noite!

    O sofrimento dos que estão com o coração partido.

    Vá comigo por um momento testemunhar o que talvez tenha sido a noite mais nebulosa na história. A cena é muito simples; você irá reconhecê-la rapidamente. Um bosque de oliveiras desfiguradas. O terreno com grandes pedras amontoadas desordenadamente. Uma cerca baixa de pedras. Uma noite muito escura.

    Agora, olhe para dentro da cena. Olhe minuciosamente através da folhagem escura. Vê aquela pessoa? Vê aquela figura solitária? O que Ele está fazendo? Derrubado no chão. O rosto manchado com sujeira e lágrimas. O punho socando a terra dura. Os olhos arregalados atônitos de medo. O cabelo emaranhado com suor salgado. Aquilo é sangue em Sua testa?

    É Jesus. Jesus no Jardim do Getsêmani.

    Talvez você tenha visto o retrato clássico de Cristo no jardim. Ajoelhado ao lado de uma pedra grande. Com uma toga branca como a neve. As mãos tranqüilamente dobradas em oração. Uma aparência de serenidade em Seu rosto. Uma auréola sobre Sua cabeça. Uma luz do céu iluminando Seu cabelo marrom dourado.

    Agora, não sou artista, mas posso dizer uma coisa para você. O homem que pintou este quadro não usou o evangelho de Marcos como padrão. Olhe o que Marcos escreveu sobre aquela noite dolorosa.

      Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”. Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, ele disse a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!” 1

    Olhe para aquelas frases. “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal”. “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava”.

    Isto parece uma cena de um Jesus santo descansando na palma de Deus? Dificilmente. Marcos usou um quadro preto para descrever a cena. Vemos um Jesus lutador, tenso e agonizante. Vemos “um homem de dores”. 2 vemos um homem brigando com medo, lutando com compromissos, e ansiando por alívio.

    Vemos Jesus na névoa de um coração partido. O escritor de Hebreus escreveria mais tarde, “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte”. 3

    Cara, que retrato! Jesus está sofrendo. Jesus está na fase do medo. Jesus está encoberto, não em santidade, mas em humanidade.

    Da próxima vez que a névoa o encontrar, você faz bem em lembrar de Jesus no jardim. Da próxima vez que você pensar que ninguém entende, releia o décimo quarto capítulo de Marcos. Da próxima vez que sua auto-piedade o convencer de que ninguém se importa, faça uma visita ao Getsêmani. E da próxima vez que você perguntar a si mesmo se Deus realmente compreende a dor que impera neste planeta poeirento, ouça-o suplicando entre as árvores desfiguradas.

    Aqui está o meu objetivo. Ver que este Deus se preocupa com nosso próprio sofrimento. Deus nunca foi mais humano do que nesta hora. Deus nunca esteve mais perto de nós do que quando Ele sofreu. A Encarnação nunca foi tão satisfeita como no jardim.

    Como resultado, o tempo gasto na névoa da dor poderia ser o maior presente de Deus. Poderia ser a hora em que nós finalmente veríamos nosso Criador. Se for verdade que no sofrimento Deus é mais como o homem, talvez em nosso sofrimento possamos ver Deus como nunca antes.

    Da próxima vez que você for chamado para sofrer, preste atenção. Pode ser o mais perto que você alguma vez chegará de Deus. Olhe cuidadosamente. A mão que se estende para guiá-lo para fora da névoa poderia muito bem ser uma mão perfurada.

    1Marcos 14:32-42
    2Isaías 53:3
    3Hebreus 5:7
    Itálico do Max

    Guia de estudo

    Ver que este Deus se preocupa com nosso próprio sofrimento. Deus nunca foi mais humano do que nesta hora. Deus nunca esteve mais perto de nós do que quando Ele se sofre.

    1. Como isto ajuda entender que Jesus, em Sua humanidade, sofreu no Jardim do Getsêmani?
    2. Releia o relato em Marcos 14:32-42 ou em um dos outros Evangelhos. O que no comportamento de Jesus parece muito “humano” para você? O que é surpreendente nesses eventos?
    3. Se esta fosse a única passagem disponível a um não-cristão, que princípios básicos do Evangelho poderiam ser ensinados dela? De que maneira esta passagem serve como exemplo e como encorajamento quando você ora no meio da “névoa”?

    Se for verdade que no sofrimento Deus é mais como o homem, talvez em nosso sofrimento possamos ver Deus como nunca antes.

    1. Em tempos de sofrimento, a sua visão de Deus melhora ou piora? Sob que circunstâncias você se volta para Deus? Sob que circunstâncias você se afasta dEle?
    2. Como as seguintes passagens nos asseguram que Deus não somente entende mas se preocupa com nossos sofrimentos: Mateus 10:28-31; João 14:1-3 e Romanos 8:28-39?
    3. Como os tempos de sofrimento podem definitivamente ser uma bênção? Leia 2 Coríntios 4:7 – 5:11; 2 Tessalonicenses 1:3-10 e Lucas 6:20-22.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Questão para a margem do desfiladeiro

    “Como foi a noite?” a enfermeira perguntou. Os olhos cansados do jovem responderam a pergunta antes que seus lábios pudessem responder. Foi longa e difícil como sempre são as vigílias. Mas mais ainda quando elas são com seu próprio pai.

    “Ele não acordou.”

    O filho sentou perto da cama e segurou a mão ossuda que tantas vezes segurou a dele. Ele estava receoso de soltá-la com medo de que, se fizesse isso, pudesse permitir que o homem que ele amava tão carinhosamente caísse. Ele a segurou a noite toda como se os dois estivessem em pé à margem do desfiladeiro, cientes do passo final para o qual faltavam apenas algumas horas.

    Com palavras pintadas de um confuso preto, ele resumiu os medos que foram seus companheiros durante a escuridão. “Eu sei que isso deve acontecer,” o filho ansiava, olhando para o rosto pálido de seu pai, “Só não sei por quê.”

    O desfiladeiro da morte.

    É um desfiladeiro devastado. O solo seco é rachado e sem vida. Um sol causticante aquece o vento que geme estranhamente e provoca uma dor forte impiedosamente. As lágrimas caem e as palavras vêm lentamente quando os visitantes do desfiladeiro são forçados a olhar para dentro do barranco. O fundo da fenda é invisível, o outro lado é inalcançável. Você não pode fazer nada a não ser querer saber o que está escondido na escuridão. E você não pode fazer nada a não ser ansiar para sair.

    Você já esteve ali? Você já foi chamado para ficar na linha tênue que separa a vida da morte? Você já ficou deitado à noite ouvindo máquinas bombeando ar para dentro e para fora de seus pulmões? Você já assistiu a doença corroer e atrofiar o corpo de um amigo? Você já se demorou atrás de um cemitério bem depois dos outros saírem, olhando fixamente com incredulidade para o caixão de metal que contém o corpo que continha a alma de alguém que você não acredita que se foi?

    Se já, então este desfiladeiro é familiar para você. Você ouviu o assobio solitário dos ventos. Você ouviu as dolorosas perguntas Por quê? Para quê? ricochetearem sem resposta fora das paredes do desfiladeiro. E você chutou pedras soltas para fora da margem e esperou o som da queda, que nunca vem.

    O jovem pai esmagou o cigarro no cinzeiro de plástico. Ele estava sozinho na sala de espera do hospital. Quanto tempo vai demorar? Tudo aconteceu tão rapidamente! Primeiro veio a notícia do hospital, depois a ida frenética para a sala de emergência e então a explicação da enfermeira. “Seu filho foi atropelado por um carro. Ele tem sérias feridas na cabeça. Ele está em cirurgia. Os médicos estão fazendo o melhor que podem.”

    Outro cigarro. “Meu Deus.” As palavras do pai eram quase inaudíveis. “Ele só tem cinco anos.”

    Estar à margem do desfiladeiro puxa tudo da vida para uma perspectiva. O que importa e o que não é facilmente distinguido. Sobre o muro do desfiladeiro ninguém se preocupa com salários ou posições. Ninguém pergunta sobre o carro que você dirige ou em que parte da cidade você mora. Enquanto os seres humanos ficam ao lado deste abismo eterno, todos os jogos e disfarces da vida parecem tristemente ridículos.

    Aconteceu em um instante ardente.

    “Onde está o pássaro?” um engenheiro espacial gritou no Cabo Canaveral.

    “Oh, meu Deus” um professor chorou à vista dos que estavam por perto. “Não deixe acontecer o que eu acho que acabou de acontecer”.

    Confusão e horror correram através da nação enquanto estávamos à margem do desfiladeiro vendo sete dos nossos melhores desintegrarem diante de nossos olhos quando a lançadeira explodiu em uma bola de fogo laranja e branca.

    Mais uma vez fomos lembrados que mesmo com nosso enorme avanço tecnológico, ainda somos assustadoramente frágeis.

    É possível que esteja dirigindo-me a uma pessoa que está andando no muro do desfiladeiro. Alguém que você ama ternamente foi chamado para o desconhecido e você está sozinho. Sozinho com seus medos e sozinho com suas dúvidas. Se este é o caso, por favor leia o resto deste artigo bem cuidadosamente. Olhe com cuidado para a cena descrita em João 11.

    Nesta cena há duas pessoas: Marta e Jesus. E para todos os propósitos práticos, eles são as duas únicas pessoas no universo.

    Suas palavras estavam cheias de desespero: “Se estivesse aqui…” Ela olha fixamente para o rosto do Mestre com olhos confusos. Ela tem sido forte tempo suficiente; agora dói muito. Lázaro estava morto. Seu irmão tinha ido. E o único homem que poderia ter feito diferença não fez. Ele nem havia ido ao enterro. Alguma coisa a respeito da morte nos faz acusar Deus de traição. “Se Deus estivesse aqui não haveria morte!” nós reclamamos.

    Você vê, se Deus é Deus em qualquer lugar, Ele deve ser Deus em vista da morte. A psicologia pop pode lidar com a depressão. As conversas pop podem lidar com o pessimismo. A prosperidade pode lidar com a fome. Mas somente Deus pode lidar com nosso último dilema – a morte. E somente o Deus da Bíblia ousou ficar à margem do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele deve ser Deus em vista da morte. Se não, Ele não é Deus em qualquer lugar.

    Jesus não estava bravo com Marta. Talvez tenha sido Sua paciência que foi a causa da mudança do tom dela de frustração para seriedade. “Mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.”

    Jesus então fez uma daquelas exigências que O coloca ou no trono ou no asilo: “Teu irmão há de ressurgir.”

    Marta entendeu mal. (Quem não entenderia?) “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.”

    Não foi o que Jesus quis dizer. Não perca o contexto das próximas palavras. Imagine o cenário: Jesus intrometeu-se no gramado do inimigo; Ele está no Desfiladeiro da Morte de Satanás. Seu estômago vira enquanto sente o fedor sulfúrico do ex-anjo, e Ele estremece quando ouve os lamentos oprimidos daqueles trancados na prisão. Satanás esteve aqui. Ele violou uma das criações de Deus.

    Com Seu pé colocado na cabeça da serpente, Jesus fala alto o suficiente para que Suas palavras ecoem para fora dos muros do desfiladeiro.

    “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.” (João 11:25).

    É um ponto que vira a história. Uma abertura foi encontrada na blindagem da morte. As chaves para as entradas do inferno foram reivindicadas. Os abutres dispersam e os escorpiões saem correndo quando a Vida confronta a morte – e vence! O vento pára. Uma nuvem bloqueia o sol e um pássaro pia à distância enquanto uma serpente humilhada desliza entre as pedras e desaparece no chão.

    O palco foi montado para um confronto no Calvário.

    Mas Jesus não terminou sua conversa com Marta. Com olhos imobilizados nos dela, Ele pergunta a maior questão encontrada nas Escrituras, uma questão que significou tanto para você e eu quanto para Marta.

    “Crês isto?”

    Uau! Aqui está. A última linha. A dimensão que separa Jesus de milhares de gurus e profetas que foram a pique. A questão que leva qualquer ouvinte responsável à absoluta obediência ou à total rejeição da fé Cristã.

    “Crês isto?”

    Deixe a pergunta cair dentro de seu coração por um minuto. Você acredita que um jovem itinerante sem dinheiro é maior que sua morte? Você realmente acredita que a morte nada mais é do que uma rampa de entrada para uma nova estrada?

    “Crês isto?”

    Jesus não apresentou esta pergunta como tópico para discussão em uma Escola Dominical. Nunca foi pretendido lidar com isso aquecendo-se na luz do sol de vidro pintado nem assentado em bancos acolchoados.

    Não. Esta é a pergunta de um desfiladeiro. Uma pergunta que faz sentido somente durante uma noite inteira de vigília ou na calma de salas de espera cheias de fumaça. Uma pergunta que faz sentido quando todos os nossos trajes, escoras e muletas são levados embora. Então devemos encarar-nos como realmente somos: humanos sem orientação girando em volta de si mesmos em direção ao desastre. E somos forçados a vê-lo pelo que Ele requer ser: nossa única esperança.

    Mais por desespero do que por inspiração, Marta disse sim. Enquanto ela estudava o rosto bronzeado do Carpinteiro galileu, alguma coisa lhe disse que ela provavelmente nunca tinha chegado tão perto da verdade como ela estava agora. Então ela deu para Ele sua mão e O deixou conduzi-la para fora do muro do desfiladeiro.

    “Eu sou a ressurreição e a vida. Crês isto?”

    Guia de estudo

    Somente Deus pode lidar com nosso último dilema – a morte. E somente o Deus da Bíblia ousou ficar à margem do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele deve ser Deus em vista da morte. Se não, Ele não é Deus em qualquer lugar.

    1. O que o Max quer dizer com “Ele deve ser Deus em vista da morte. Se não, Ele não é Deus em qualquer lugar.” Qual é a resposta que Deus oferece para a morte? Como Ele oferece a resposta?
    2. Leia 1 Coríntios 15:12-28 e re-escreva com suas próprias palavras o argumento de Paulo referente à morte e ressurreição.
    3. Como você responderia a alguém que questiona que Jesus foi ressuscitado dentre os mortos e que há vida depois da morte?

    Você acredita que um jovem itinerante sem dinheiro é maior que sua morte? Você realmente acredita que a morte nada mais é do que uma rampa de entrada para uma nova estrada?

    1. O Max descreve a morte como uma rampa de entrada. Que outras comparações úteis você pode fazer para explicar como é a morte?
    2. Que idéias essas passagens dão sobre a conexão entre morte e vida: Lucas 20:34-38; João 11:25-26; Romanos 8:10-11?
    3. O que você diria a alguém encarando a morte que ajudaria essa pessoa a ver a solução de Deus?

      Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
      Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Deus nunca desiste

    Como eu sei que Deus está comigo? E se tudo isto for uma brincadeira?

    Como você sabe que é Deus quem está falando?

    A escuridão terrível e abafada da dúvida. A mesma escuridão que você sente quando senta em um banco polido de uma capela funerária e ouve o obituário de uma pessoa que você ama mais que a vida.

    A mesma escuridão que você sente quando ouve as palavras, “O tumor é maligno. Temos que operar.”

    A mesma escuridão que cai sobre você quando percebe que acaba de perder o temperamento… de novo. A mesma escuridão que você sente quando percebe que o divórcio que você nunca quis chegou ao final.

    A mesma escuridão na qual Jesus gritou, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

    Palavras apropriadas. Porque quando duvidamos, Deus parece estar muito longe.

    É exatamente porque Ele escolheu estar tão perto.

    Através do tempo, apesar do povo de Deus esquecer seu Deus muitas vezes, Deus não se esqueceu deles. Ele manteve Sua palavra.

    Deus não desistiu. Ele nunca desiste. Quando José foi jogado em um buraco por seus próprios irmãos, Deus não desistiu.

    Quando Moisés disse, “Eis-me aqui, envie Arão,” Deus não desistiu.

    Quando os israelitas libertados preferiam ser escravos no Egito ao invés de leite e mel, Deus não desistiu.

    Quando Arão estava fazendo um falso deus exatamente ao mesmo tempo em que Moisés estava com o verdadeiro Deus, Deus não desistiu.

    Quando somente dois dos dez espias consideravam que o Criador era poderoso o suficiente para libertar a criatura, Deus não desistiu.

    Quando Sansão contou o segredo a Dalila, quando Saul riu de Davi, quando Davi conspirou contra Urias, Deus não desistiu.

    Quando a palavra de Deus foi esquecida e os ídolos humanos brilharam, Deus não desistiu.

    Quando os filhos de Israel foram levados cativos, Deus não desistiu.

    Ele poderia ter desistido. Ele poderia ter virado as costas. Ele poderia ter ido embora da desordem desprezível, mas Ele não o fez.

    Ele não desistiu.

    Quando Ele se tornou carne e foi vítima de uma tentativa de assassinato antes de ter dois anos de idade, Ele não desistiu.

    Quando o povo de sua própria cidade tentou O empurrar de um penhasco, Ele não desistiu.

    Quando seus irmãos O ridicularizaram, Ele não desistiu.

    Quando Ele foi acusado de blasfemar Deus por pessoas que não temiam a Deus, Ele não desistiu.

    Quando Pedro O adorou à Ceia e O maldisse à fogueira, Ele não desistiu.

    Quando as pessoas bateram em Seus rosto, Ele não bateu de volta. Quando os espectadores o insultaram, Ele não os insultou. Quando um chicoteador dilacerou Seus lados, Ele não se virou e ordenou aos anjos que estavam aguardando a empurrar aquele chicoteador goela abaixo dos soldados.

    E quando as mãos humanas prenderam as mãos divinas em uma cruz com cravos, não foram os soldados que seguraram firme as mãos de Jesus. Foi Deus quem as segurou firme. Porque aquelas mãos feridas foram as mesmas mãos invisíveis que carregaram o cântaro e a tocha dois mil anos antes. Eram as mesmas mãos que trouxeram luz dentro da escuridão terrível e abafada. Elas vieram fazer isso de novo.

    Então, da próxima vez que a dúvida entrar, escolte-a para fora. Fora para o monte. Fora para o Calvário. Fora para a cruz onde, com sangue santo, a mão que carregou a chama, escreveu a promessa, “Deus desistiria do Seu próprio Filho antes de desistir de você.”

    Guia de estudo

    Leia 2 Timóteo 2:8-13

    1. Um bom jeito de combater a dúvida é lembrar que fatos são essenciais. O que Paulo pede para Timóteo “lembrar” no versículo 8? Como isto é essencial?
    2. O versículo 11 promete que viveremos com Cristo se “morrermos com Ele”. O que significa “morrer com Ele”? como você faz isso?
    3. Que aviso é incluído no versículo 12? Como as dúvidas às vezes entra aqui? Como o aviso de Paulo aqui se compara com as próprias palavras de Jesus em Lucas 12:8-9?
    4. Que esperança formidável é encontrada no versículo13? Sobre o que esta esperança é construída?
    5. O que significa para você que Deus é absolutamente fiel?
    6. Este capítulo listou muitas vezes quando Deus não desistiu do Seu povo. Pense em sua própria vida. Você pode se lembrar das vezes que você foi infiel, mas Deus foi fiel com você? Escreva e conte a um amigo sobre isso.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Conheça o Deus do encorajamento

    Já faz um tempo desde que você fitou os céus mudo por estar maravilhado? Já faz um tempo desde que você compreendeu a divindade de Deus e Sua carnalidade?

    Se faz, então você precisa saber uma coisa. Ele ainda está lá. Ele não foi embora. Embaixo de todos estes papéis, livros, relatórios e anos. No meio de todas estas vozes, rostos, memórias e cenas, Ele ainda está lá.

    Faça um favor a você mesmo. Fique diante dEle novamente. Ou, melhor, permita que Ele fique diante de você. Vá em seu cenáculo e espere. Espere até ele vir. E quando ele aparecer, não saia. Passe seus dedos em Seus pés. Coloque sua mão no lado perfurado. E olhe naqueles olhos. Aqueles mesmos olhos que derreteram os portões do inferno e colocaram os demônios e Satanás para correr. Olhe para eles assim como eles olham para você. Você nunca mais será o mesmo.

    Um homem nunca mais é o mesmo depois de ver simultaneamente seu desânimo exterior e a firme graça de Deus.

    Ver o desânimo sem a graça é suicídio. Ver a graça sem o desânimo é futilidade do cenáculo. Mas ver ambos é conversão.

    Venha conhecer o Deus do encorajamento. Ele ama você. Ele nunca desiste de você, especialmente quando a vida está difícil, porque Ele tem estado lá. A mão que toca você para o confortar é uma mão perfurada.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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